Anderson Oliveira
Os dados apurados, de 14 cidades, são dos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2013
A
geração de empregos com carteira assinada caiu 36,5%, de janeiro a
maio, em relação ao mesmo período do ano passado, no conjunto das
cidades por onde circula o jornal Cruzeiro do Sul. No acumulado dos
cinco primeiros meses de 2013, foram criados 4.062 postos de trabalho,
número que caiu para 2.580 neste ano. Das 14 cidades do levantamento,
três tiveram mais demissões que contratações. Itapetininga e Boituva
foram os municípios que mais geraram empregos.
Compõem a região de circulação do jornal, os municípios de Alumínio, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Iperó, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Tatuí e Votorantim. Cidades como Sarapuí, com menos de 30 mil habitantes, não constam no levantamento. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A retração das vagas de emprego formal na região, nos primeiros meses deste ano, ocorreu de forma mais acentuada em Votorantim, que perdeu 254 postos de trabalho; Iperó, com menos 108 vagas; e Tatuí, onde foram demitidos 64 trabalhadores a mais do que o número de contratados. Nas demais cidades, embora o saldo entre admissões e demissões seja positivo, a geração de empregos nesse período foi menor. De janeiro a maio de 2013, as 14 cidades somavam, juntas, um saldo positivo de 4.062 postos de trabalho. Apenas Iperó havia registrado queda na geração de emprego durante esse período. Já em 2014, a geração de postos de trabalho teve saldo de 2.580 empregos, número 36,5% inferior.
Nos primeiros meses deste ano, Itapetininga e Boituva foram os que tiveram o melhor saldo de empregos com carteira assinada. O primeiro registrou 639 postos de trabalho, enquanto o segundo teve resultado positivo de 614 vagas. O terceiro melhor número foi registrado em Araçoiaba da Serra, com 344 trabalhadores contratados a mais; seguido por São Roque, com 335 postos criados; e por Piedade, com 296 novos trabalhadores. Outros resultados positivos foram de Mairinque (172), Pilar do Sul (146), Salto de Pirapora (143), São Miguel Arcanjo (122), Capela do Alto (101) e Alumínio (94).
De acordo com o economista e professor da Universidade de Sorocaba, Flávio Fávero, o problema não está restrito à região. "É nacional e tem dois reflexos: primeiro, o emprego na indústria está caindo por conta da redução do consumo, não apenas do momento, mas para perspectivas futuras", diz. As medidas do governo federal com vistas a reduzir o consumo para conter a inflação incide na queda da produção industrial e, consequentemente, na geração de empregos, explica o economista.
Com a redução da mão de obra na indústria, grande fatia do mercado não vai consumir, atesta Fávero. "O empregado da indústria consome do comércio e serviços; se não consumir, comércio e serviços não vão vender e não vão adquirir da indústria", ilustra. Contudo, o economista afirma que os reflexos ainda estão por vir. "Eles não surgem no momento imediato. Esses números da indústria no Caged devem refletir no segundo semestre", conclui.
Cidades
A Prefeitura de Votorantim, cidade que apresentou queda no emprego em 2014, afirma que tem acompanhado as variações do mercado de trabalho. São diversos os fatores apontados pela atual administração para a retração no número de carteiras assinadas. "Incluindo desde contratações temporárias para períodos específicos até a colocação em indústrias e empresas de outros municípios da região, como Sorocaba", informa, por meio de assessoria de imprensa.
Outra iniciativa, acrescenta a administração de Votorantim, efetivada por meio da Secretaria da Cidadania e Geração de Renda, é a instalação da Central de Atendimento ao Trabalhador (CAT). O serviço atende a empresas, enviando currículos de candidatos. A Prefeitura também informa que, em 2014, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado com a finalidade de assessorar na definição das políticas de desenvolvimento econômico, implementando concessões de benefícios a empresas que venham a se instalar na cidade.
Ainda neste mês, informa o executivo, a Carreta do Via Rápida estará em Votorantim promovendo mais 2 cursos para quem quiser se qualificar em Metrologia, ou, Básico de Rotinas de Escritório. Também a lei 2.371, que regulamentou em Votorantim a Lei Geral da Microempresa, Empresa de Pequeno Porte e do Microempreendedor Individual está em vigor desde dezembro do ano passado agilizando os trâmites para criação desses empreendimentos no município.
Itapetininga
Já o município de Itapetininga comemora o resultado positivo na geração de empregos. De acordo com Hélio Simões Júnior, secretário de Trabalho e Desenvolvimento, o saldo positivo de 639 postos se deve à instalação de empresas na cidade. "De janeiro até maio, são 515 empresas, desde os MEIs até grandes empresas, sociedades anônimas; 60% são de médio e pequeno porte", explica.
Ele cita a chegada de empresas como a Toyoda Gosei, que produz equipamentos para a Toyota e Honda. E, ainda por se instalar, a indústria da Batavo e Castrolanda, diz. O secretário afirma que a Prefeitura tem concedido benefícios para atrair novas empresas e fomentar a geração de empregos, como as isenções do Imposto Sobre Serviços (ISS), e do Imposto Predial, Territorial Urbano (IPTU). "Conforme a indústria, cedemos o terreno e infraestrutura", revela. A duplicação da rodovia Raposo Tavares também ajudou nesse fomento, facilitando a logística, conclui Simões.
Compõem a região de circulação do jornal, os municípios de Alumínio, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Iperó, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Tatuí e Votorantim. Cidades como Sarapuí, com menos de 30 mil habitantes, não constam no levantamento. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A retração das vagas de emprego formal na região, nos primeiros meses deste ano, ocorreu de forma mais acentuada em Votorantim, que perdeu 254 postos de trabalho; Iperó, com menos 108 vagas; e Tatuí, onde foram demitidos 64 trabalhadores a mais do que o número de contratados. Nas demais cidades, embora o saldo entre admissões e demissões seja positivo, a geração de empregos nesse período foi menor. De janeiro a maio de 2013, as 14 cidades somavam, juntas, um saldo positivo de 4.062 postos de trabalho. Apenas Iperó havia registrado queda na geração de emprego durante esse período. Já em 2014, a geração de postos de trabalho teve saldo de 2.580 empregos, número 36,5% inferior.
Nos primeiros meses deste ano, Itapetininga e Boituva foram os que tiveram o melhor saldo de empregos com carteira assinada. O primeiro registrou 639 postos de trabalho, enquanto o segundo teve resultado positivo de 614 vagas. O terceiro melhor número foi registrado em Araçoiaba da Serra, com 344 trabalhadores contratados a mais; seguido por São Roque, com 335 postos criados; e por Piedade, com 296 novos trabalhadores. Outros resultados positivos foram de Mairinque (172), Pilar do Sul (146), Salto de Pirapora (143), São Miguel Arcanjo (122), Capela do Alto (101) e Alumínio (94).
De acordo com o economista e professor da Universidade de Sorocaba, Flávio Fávero, o problema não está restrito à região. "É nacional e tem dois reflexos: primeiro, o emprego na indústria está caindo por conta da redução do consumo, não apenas do momento, mas para perspectivas futuras", diz. As medidas do governo federal com vistas a reduzir o consumo para conter a inflação incide na queda da produção industrial e, consequentemente, na geração de empregos, explica o economista.
Com a redução da mão de obra na indústria, grande fatia do mercado não vai consumir, atesta Fávero. "O empregado da indústria consome do comércio e serviços; se não consumir, comércio e serviços não vão vender e não vão adquirir da indústria", ilustra. Contudo, o economista afirma que os reflexos ainda estão por vir. "Eles não surgem no momento imediato. Esses números da indústria no Caged devem refletir no segundo semestre", conclui.
Cidades
A Prefeitura de Votorantim, cidade que apresentou queda no emprego em 2014, afirma que tem acompanhado as variações do mercado de trabalho. São diversos os fatores apontados pela atual administração para a retração no número de carteiras assinadas. "Incluindo desde contratações temporárias para períodos específicos até a colocação em indústrias e empresas de outros municípios da região, como Sorocaba", informa, por meio de assessoria de imprensa.
Outra iniciativa, acrescenta a administração de Votorantim, efetivada por meio da Secretaria da Cidadania e Geração de Renda, é a instalação da Central de Atendimento ao Trabalhador (CAT). O serviço atende a empresas, enviando currículos de candidatos. A Prefeitura também informa que, em 2014, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado com a finalidade de assessorar na definição das políticas de desenvolvimento econômico, implementando concessões de benefícios a empresas que venham a se instalar na cidade.
Ainda neste mês, informa o executivo, a Carreta do Via Rápida estará em Votorantim promovendo mais 2 cursos para quem quiser se qualificar em Metrologia, ou, Básico de Rotinas de Escritório. Também a lei 2.371, que regulamentou em Votorantim a Lei Geral da Microempresa, Empresa de Pequeno Porte e do Microempreendedor Individual está em vigor desde dezembro do ano passado agilizando os trâmites para criação desses empreendimentos no município.
Itapetininga
Já o município de Itapetininga comemora o resultado positivo na geração de empregos. De acordo com Hélio Simões Júnior, secretário de Trabalho e Desenvolvimento, o saldo positivo de 639 postos se deve à instalação de empresas na cidade. "De janeiro até maio, são 515 empresas, desde os MEIs até grandes empresas, sociedades anônimas; 60% são de médio e pequeno porte", explica.
Ele cita a chegada de empresas como a Toyoda Gosei, que produz equipamentos para a Toyota e Honda. E, ainda por se instalar, a indústria da Batavo e Castrolanda, diz. O secretário afirma que a Prefeitura tem concedido benefícios para atrair novas empresas e fomentar a geração de empregos, como as isenções do Imposto Sobre Serviços (ISS), e do Imposto Predial, Territorial Urbano (IPTU). "Conforme a indústria, cedemos o terreno e infraestrutura", revela. A duplicação da rodovia Raposo Tavares também ajudou nesse fomento, facilitando a logística, conclui Simões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.