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Processo seletivo pretendia preencher vagas para a Companhia Municipal de Habitação Popular de Votorantim - ERICK PINHEIRO
A Prefeitura de Votorantim está sendo questionada pela Polícia Civil da cidade para justificar as irregularidades no processo seletivo para preenchimento de vagas da Companhia Municipal de Habitação Popular de Votorantim (Cohap), realizado no último dia 21, que foi anulado sem previsão de abertura de um novo edital. Na ocasião, candidatos apontaram atrasos na chegada da prova, que teria vindo sem lacre, e a falta de funcionários para acompanhar a aplicação do teste. Muitos deles chegaram a abrir boletim de ocorrência na Delegacia Central. Conforme divulgado pelo 3º Departamento de Polícia, o ofício é o primeiro procedimento tomado antes de qualquer medida judicial e serve para a que os responsáveis pela prova expliquem o motivo das falhas. Até o fechamento desta edição, a Cohap ainda não havia sido notificada sobre o oficio. Assim que comunicada, informa, irá responder administrativamente sobre o caso.
Uma nota disponível no site da Cohap informa que o processo seletivo, que serviria para o preenchimento de vagas de assistente social, motorista e auxiliar administrativo, foi anulado devido aos "problemas de ordem técnica" ocorridos na aplicação da prova. Além disso, a companhia garantiu a devolução do valor de inscrição aos candidatos inscritos. A taxa pode ser recolhida desde a última segunda-feira na sede da Cohap, localizada na rua Manoel Ramos, 175, no Jardim Paraíso, em Votorantim. O teste havia sido aplicado no 21 dia de setembro, na escola municipal Helena Pereira de Morais (conhecida como Parcão). A Prefeitura não revelou os motivos das irregularidades.
A aplicação da prova foi marcada por confusão. Segundo conta a votorantinense Katia Estevam, que se candidatou à vaga de auxiliar administrativo, os envelopes demoraram uma hora e meia para chegar. "O início estava marcado para as 8h, mas tinha gente que estava lá desde às 7h esperando e quando entregaram, nem foi explicado o motivo do atraso", afirma. Ela reclama que as provas vieram sem lacres e que apenas dois funcionários da Cohap estavam no local para monitorar quatro salas. "Foi desagrádavel porque as pessoas se programaram desde o edital e se depararam com uma avaliação na qual não dá para confiar", cita. Outro problema apontado pelos candidatos é que, na folha da prova, a seleção constava como concurso público (para cargos efetivos), sendo que o edital afirmava tratar-se de processo seletivo (contratação temporária). (Supervisão - Aldo Fogaça)

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