DIG prende 13 acusados de integrar quadrilha na região

Jornal Cruzeiro do Sul
Adriane Mendes

A operação foi realizada em Sorocaba (com apoio da GCM), Tatuí e Boituva

Ao todo, 13 celulares foram apreendidos, além de tablets e balança de precisão - LUIZ SETTI

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A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Sorocaba, prendeu ontem 13 homens acusados de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas com ação na cidade e também na região de Itapetininga, dando sequência a uma investigação iniciada há seis meses. A operação, que envolveu 60 policiais civis, aconteceu em Sorocaba (onde contou com apoio da Guarda Civil Municipal) e em Tatuí e Boituva.

Até o momento foram presas 17 pessoas, entre as quais reconhecidos líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, que ontem resultou ainda na apreensão de mais de oito quilos de entorpecentes entre pasta base de cocaína e frasconetes com a droga e tijolos de maconha, também conta com o apoio do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Sorocaba e região

De acordo com o delegado titular da unidade especializada, José Humberto Urban Filho, a quadrilha se dividia em setores dentro de Sorocaba e agia ainda em municípios vizinhos. Conforme o apurado no decorrer da investigação, a divisão em Sorocaba se dava pelas zonas leste e norte. Na primeira, o comando ficava por conta do César Miranda Corrá, que tinha entrada também em Votorantim. Além dele, foram presos Ralph Stevaux, Bruno Henrique Gilbertoni Garcia, Matheus Paula Santos, Eduardo Pereira, Murilo Pereira Petarnella, Reginaldo Campos de Almeida e Alexandre Gabriel Paes de Carvalho.

O comando do tráfico na zona norte de Sorocaba ficava a cargo de Reginaldo Aparecido dos Santos e de José Roberto Hernandes Camargo, e nesse grupo foi também preso Jairo Pereira de Apocalipse. Em Tatuí e em Boituva, foram presos, respectivamente, Edvaldo Lima de Mello e Paulo Severino José de Alcântara.

Outros integrantes já identificados e presos anteriormente são Joel Antonio da Costa, André Pires de Campos, Hélio Roberto Ferreira de Lima e Hildeberto Pegorelli Neto. O primeiro é irmão de Jean Carlos Costa, também de Sorocaba e apontado como uma das maiores lideranças do PCC no Estado. Capturado em 19 de abril de 2010 por policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), de Sorocaba, numa chácara de luxo em Mairiporã, onde vivia com a família, Jean, que também usava nome falso de Gean Henrique da Silva, foi condenado em 2012 a 11 anos de prisão em regime fechado. Já os outros três foram presos em 9 de outubro passado por policiais da DIG, no Jardim Santa Rosália, acusados de receptação e porte ilegal de arma.

Dois foragidos

Outros dois investigados, cujos nomes não foram divulgados, permanecem foragidos. Embora não tenha como mensurar o montante de dinheiro movimentado pelo tráfico, o delegado Urban afirmou que todos os integrantes são de alta periculosidade, com destaque para Edvaldo de Mello, que já cumpriu 23 anos de prisão por diversos crimes e deixou o sistema carcerário, em Tatuí, há três meses, e os que comandavam o tráfico na zona norte, Reginaldo Aparecido dos Santos e José Roberto Camargo, ambos do PCC.
Durante a investigação, surgiram também indícios de que Edvaldo e Paulo José de Alcântara estejam envolvidos em furtos a caixas eletrônicos na região de Itapetininga, e que agora são também investigados em relação a tal crime.

O delegado Rodrigo Ayres, também da DIG, destacou ainda a importância do apoio do Ministério Público nessa investigação específica, uma vez que a Justiça só expediu os mandados de prisões temporárias e buscas, após o Gaeco concordar que os pedidos feitos pela unidade especializada tinham embasamento.