Segundo a polícia, golpes aumentam na temporada de verão.
Segundo especialista, preço baixo demais é motivo para desconfiança.
Irmãos contam como caíram em golpe de aluguel
(Foto: Reprodução/ TV TEM)
Os irmãos Jaqueline e Vitor Silva moram em Votorantim (SP) e planejaram o primeiro fim de semana do ano da família na praia, em Ubatuba (SP). Jaqueline pesquisou uma casa que servisse pra eles na internet, encontrou o anúncio ideal e começou a negociar. “Ela pediu um valor de entrada, passou dados da conta, porém falou que ia mandar um contrato por email, mas ele não chegava", explica.
Desconfiados de golpe, os dois decidiram enviar um email por outro endereço eletrônico. "Nós tinhamos alugados para alguns dias, mandamos um email pedindo aluguel para os mesmos dias, e ela respondeu falando que a casa estava disponível", conta Vitor Silva.
A família acabou acertando com o dono de outra casa que já conheciam para não correr riscos. Chegaram lá e a casa que estava reservada que tinham pago uma entrada, estava alugada para outra família. Os irmãos registraram um boletim de ocorrência e esperam pelo retorno do dinheiro.
É cada vez maior o número de queixas que a polícia recebe sobre esse tipo de crime. Na maioria dos casos, são pessoas anunciando o aluguel de algo que não é delas. As vítimas, quase sempre, moram em cidades distantes do litoral.
O advogado José Ignatz Junior, especialista em direito do consumidor, explica o que fazer se você cair no golpe do aluguel da casa para temporada na praia. “A pessoa deve procurar a delecacia da cidade e fazer um boletim de ocorrência, para alertar sobre o que está acontecendo", diz o advogado.
As principais dicas para evitar os golpes são: tentar referências do imóvel e dono com alguém que já tenha passado por lá, conhecer o local onde fica a casa e preço baixo demais em relação ao mercado é motivo para desconfiar.
Agências de Turismo
Mas o alerta não vale apenas para quem decide alugar casas. Contratar serviços de agências de turismo também requer muita atenção. Em Sorocaba (SP) várias ocorrências envolvendo agências foram registradas.
Em setembro de 2013, a agência Bem Brasil foi denunciada. O dono Walter Fernandes é suspeito de ter usado documentos dos clientes para fazer empréstimos bancários. Ele ainda mantinha parcerias com outras agências de turismo. A dona de uma delas, em Araçoiaba da Serra (SP) contou que começou a receber reclamações de clientes que estavam com o nome sujo porque teriam deixado de pagar financiamentos bancários de viagens que nunca fizeram. A justiça determinou a prisão preventiva do dono da empresa.
Já em novembro de 2013, a agência de turismo Adventure Travel foi suspeita de vender pacotes, mas não fazer as reservas. Entre as vítimas, um casal que pagou, mas não pode fazer a viagem de lua de mel para o Taiti. O inquérito continua porque muitas vítimas são do Rio de Janeiro, como explica a delegada Jaqueline Coutinho. O dono da agência é procurado pela polícia.
O caso mais recente foi em novembro de 2014, com o drama de dezenas clientes da agência Baccus. Eles estavam com viagens marcadas e encontraram o local fechado quando foram buscar os vouchers. A Polícia Civil descobriu que a agência estava no nome da faxineira. A polícia informou que a irmã do dono da agência, prestou depoimento e contou que o irmão deixou uma carta avisando que fugiria e pedindo para que os bens da empresa fossem repassados aos empregados, que não receberam salários nem os direitos trabalhistas. O dono está foragido.
De acordo com a delegada Jaqueline Coutinho, é preciso que as vítimas colaborem nos casos de denúncia. " É muito importante que o consumidor ao adquirir um pacote, rastreie ou monitore os serviços que comprou, tanto as passagens com as empresas aéreas ou até mesmo na rede hoteleira que ele contratou", afirma a delegada.
Clientes não recebem passagens e denunciam agência de turismo de Sorocaba (Foto: Reprodução/TV TEM)
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