José Antonio Rosa
Professores realizaram manifestação com panfletagem no Centro - Luiz Setti
Professores da rede estadual de ensino se reúnem no próximo dia 13 em São Paulo para discutir o encaminhamento de uma greve em protesto contra as condições de trabalho. A informação foi prestada nesta sexta-feira pela coordenadora regional da Apeoesp em Sorocaba, o sindicato da categoria, Magda Souza.
A entidade realizou panfletagem no centro da cidade e voltou a divulgar os problemas que os profissionais enfrentam. Além da questão salarial, os professores têm de enfrentar salas superlotadas, prédios mal-estruturados e outros transtornos. Somente em Sorocaba, segundo o Sindicato, cerca de 100 salas de aula foram fechadas.
Outra reclamação teve como alvo a falta de verbas para que as escolas estaduais executassem serviços de reparos e deixassem, inclusive, de adquirir materiais de higiene e de escritório.
Magda Souza acrescentou que o ato serviu principalmente para levar ao conhecimento da população a realidade do ensino público estadual. "Nossa intenção é tornar público a todos que os governos estadual e federal não priorizam a educação e submetem os trabalhadores a uma situação insustentável".
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado reiterou o conteúdo de nota divulgada na quinta-feira, segundo a qual nega que tivesse feito cortes orçamentários e que o investimento na infraestrutura escolar está garantido. "Apenas no último ano, foram quase R$ 37 milhões para aprimorar os ambientes escolares, implantar novas escolas e restaurar as existentes em Sorocaba e Votorantim", diz o comunicado.
Sobre as salas de aulas superlotadas e a extinção de classes, o órgão alega que a Apeoesp não cita exatamente qual unidade de ensino descumpre o módulo norteador de alunos por sala de aula, elaborado pela própria Secretaria. "Nas duas regiões citadas (Sorocaba e Votorantim), a média de alunos por sala nas turmas do ensino médio, por exemplo, está abaixo do módulo. É importante ressaltar que as salas de aula existentes contemplam plenamente a demanda e não há alunos sem vaga", conclui a nota.
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