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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Nota Fiscal Paulista libera R$ 13 milhões para os sorocabanos

Jornal Cruzeiro do Sul

No total, programa disponibilizou R$ 1.079.331.342,50

Desde segunda-feira, os usuários do programa estadual Nota Fiscal Paulista já podem receber os créditos referentes às compras realizadas no segundo semestre de 2014. No total, estão liberados R$ 1.079.331.342,50 em créditos, a maior quantia devolvida aos consumidores desde o início do programa, em outubro de 2007. Para se ter uma ideia, em abril do ano passado, foram liberados R$ 999,9 milhões. De todo o bolo bilionário, Sorocaba e as 15 cidades, nas quais o jornal Cruzeiro do Sul circula, representam a fatia de R$ 25.163.444,53. Só para Sorocaba, a liberação do crédito atinge a R$ 13.179.131,37. Itapetininga vem na sequência com R$ 2.192.946,26 e Votorantim, R$ 1.994.229,06. Veja o quadro com os números referentes às demais cidades.

Conforme as regras do Nota Fiscal Paulista, os usuários cadastrados no sistema podem transferir os créditos para uma conta-corrente ou poupança de sua titularidade. Para solicitar o crédito, basta acessar o site da Secretaria de Estado da Fazenda, digitar o CPF ou CNPJ e senha cadastrada no programa para solicitar a opção desejada. Neste mês, segundo informações da assessoria de imprensa da Pasta, não é possível a opção para abatimento no valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), período que ocorre somente em outubro. No entanto, quem não quiser solicitar o crédito e deixá-lo reservado, poderá solicitar posteriormente para o abatimento do IPVA. E, ainda, se não quiser utilizar os créditos, tem o prazo de cinco anos para requerê-los sob pena de perder o valor ao qual tem direito. Ao longo desse período, a qualquer momento, o consumidor poderá requerer os valores. Ainda, de acordo com as regras do programa, todas as solicitações de resgate realizadas no decorrer da semana sempre são creditadas na conta bancária ou de poupança dos solicitantes na semana seguinte.

Consumidor consciente

Pelas ruas de Sorocaba é difícil encontrar alguém que não conheça o programa que existe há quase dez anos. Mas nem todos aderiram ao Nota Fiscal Paulista, como é o caso do vendedor Walter Casteli, de 45 anos, que diz não ser partidário de colocar o CPF no Nota Fiscal porque nem todo mundo é organizado para declarar o imposto de renda, por exemplo, mas afirma que a mãe e a irmã dele utilizam o programa e o considera bom. "Eu concordo com o programa, pois entendo que é uma maneira de controlar melhor a emissão de notas fiscais de empresários que, até então, sonegam impostos", diz ele que lembra de uma época atrás que os empresários trocavam as notas por figurinhas do Paulistinha.

A maioria dos entrevistados utiliza os créditos do programa em outras coisas, nem sempre para abater no IPVA. As bancárias Patrícia do Carmo Savioli, de 28 anos, e Juliana Alves Lima Crepaldi, de 27 anos, utilizam sempre o saldo como crédito. Entendem que o Nota Fiscal Paulista é importante, pois é uma forma de o consumidor reaver parte dos valores em impostos pagos na compra de produtos ou serviços. Patrícia coloca o CPF nas notas fiscais, mas, às vezes, devido à pressa, acaba deixando em branco. Já ajudou entidades também com o programa. Juliana sabe para quais produtos e serviços pode utilizar o Nota Fiscal Paulista. Quando abastece o carro, por exemplo, não põe o CPF, pois para esse produto o programa não tem efeito. Contudo, pede a nota. Juliana diz que aderiu ao programa por iniciativa própria, pois os pais, geralmente, não o utilizam.

O universitário do curso de Ciências da Computação Matheus da Silva Jesus afirma conhecer o programa, mas diz que ainda não aderiu a ele porque completou 18 anos recentemente. "Eu conheço e acho o programa muito bom. Em casa, todo mundo usa, mas como crédito e não para abatimento no IPVA", conta. Diz que os pais dele concentram todas as notas fiscais no CPF da mãe, como forma de organizar melhor os valores. "A Nota Fiscal é um jeito de impedir o caixa dois, não é? E, além disso, é um recurso para a população; então, porque não usar?", diz.

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