m. Peres s.
O tempo encerra pro mundo todo,
como na ampulheta que a areia
acaba;
voltamos ao pó, como um mesmo
lodo,
e sendo tudo, só nos resta o
nada.
Onde as fortunas e suas
veleidades,
onde o ufanismo e a glória
humana?
Se tudo acaba em exiguidades,
por que o afã em vida mundana?
Tudo escapa célere pelo vão dos
dedos,
tão fugidio e inexorável,
onde a recompensa e os vãos
segredos,
se tudo acaba, incomparável!
Cansaço, fadiga como herança,
corramos muito, ou muito pouco,
a insatisfação é a mesma neste
mundo louco,
o que nos resta é a esperança!
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