José de Carlos Campos ficou 16 meses na Itália - REPRODUÇÃO ARQUIVO PESSOAL
Segundo o filho do ex-combatente, o comerciante Nilson de Campos, 49 anos, o pracinha está saudável e lembra com detalhes de tudo que ocorreu nos 16 meses que passou na Itália. Durante muitos anos, ele não falava muito sobre o ocorrido, mas, agora, o ex-soldado comenta o tema com os amigos mais íntimos e com os familiares. Campos não quis conversar com a reportagem.
No livro "Vivendo entre Soldados - A II Guerra Mundial a partir de relatos e expedicionários sorocabanos da FEB", de Luiz Antonio Oliveira, o ex-combatente é descrito da seguinte maneira: "José de Carlos Campos, soldado do 6º R. I., um rapaz religioso, que fez sua profissão de fé religiosa protestante até em plena campanha. Era bom atirador e pescador dos bons!"
Nilson conta que seu pai ainda não era casado quando foi para a guerra. "Ele ainda não namorava a minha mãe. Eles eram primos, mas já havia algo no ar. Parece que ele prometeu para ela que voltaria vivo para eles se casarem. E ele voltou", disse.
De acordo com o comerciante, o ex-soldado Campos e os demais expedicionários não foram informados de que iriam para a Europa lutar. "O meu pai não sabia. Ele foi para Goiânia e depois para o Rio de Janeiro. Não falaram que eles iam para a Itália. Na verdade, ele desconfiava, mas não tinha certeza", conta.
Os dias foram difíceis para os soldados brasileiros. E hoje, eles têm o reconhecimento da importância do trabalho que fizeram naquele período. "Tenho muito orgulho do meu pai", finalizou. (R.G.)

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