domingo, 24 de maio de 2015

Vereadores fazem visita surpresa ao Hospital Municipal

Notícia publicada na edição 119 página 07 da Gazeta de Votorantim de 23 a 29 de maio de 2015
Eduardo Gouvea






O diretor administrativo do Hospital, Flamínio Alves de Lima (à direita), recebeu os vereadores
Foto: Divulgação

Na última terça-feira (19), logo após a sessão da Câmara de Votorantim, uma comissão formada pelos vereadores Heber Martins (PDT), Lê Baeza (PV), Marcão Papeleiro (PT) e Pedro Nunes Filho (PDT) fez uma visita surpresa ao Hospital Municipal Dr. Lauro Roberto Fogaça, gerido pelo Instituto Moriah, e que vem sendo motivo de várias reclamações. No final de março, um bebê com apenas 11 horas de vida morreu depois que precisou ser atendido, mas o médico não estava no local.

“Apresentamos um requerimento quando ficamos sabendo da triste notícia com relação a morte do menino Lucas. O pai e a mãe da criança estiveram presentes na sessão legislativa. Para nós, foi uma negligência tremenda, deveria ter um médico pediatra de plantão no Instituto Moriah. Não foi dado o atendimento adequado, o que levou a morte do menino. Após apresentado o requerimento, de várias discussões no plenário da Câmara Municipal, nós resolvemos sair com uma comissão para fazer uma visita surpresa ao Instituto Moriah”, explicou o vereador Marcão Papeleiro, autor da propositura.

Ele afirmou que as pessoas que estavam na unidade de saúde elogiaram o atendimento dos funcionários, porém criticaram a falta de estrutura do hospital. “Não vimos nada daquilo que ouvimos dos dirigentes do Instituto Moriah em uma audiência pública que teve na Câmara Municipal no ano passado, ou seja, o município repassa o financeiro para o Instituto, porém não está se investindo no hospital. Pelo que podemos perceber, eles estão trabalhando com a mesma estrutura que existia antes, porém com o agravante: aquilo que estraga não repõe”, analisa. “Eles foram à audiência e falaram que iriam reestruturar o hospital com aparelhos novos, fazer uma sessão de hemodiálise para Votorantim e a gente não vê nada disso”, completa.

O vereador Heber Martins salientou que a visita não se tratou de um ato político, também citou os investimentos que não foram feitos e adiantou que outras visitas surpresa irão ocorrer. “Nós não estamos aqui para fazer sensacionalismo. A questão é saúde. Estamos tratando a questão da saúde como prioridade e é isso que nós estamos cobrando. A Câmara Municipal é uma linha de frente onde as reclamações recaem a todo instante e em todos os trabalhos nossos no legislativo a questão saúde não sai de pauta”, diz. “Quando se promete e diz que dá para fazer, o papel nosso é cobrar. Cobramos através de requerimento, não tivemos resposta, então fizemos uma visita surpresa, onde pudemos constatar que existe essa falta de estrutura” explica Heber.

“Com saúde não se brinca. Pedimos ao Prefeito, à secretaria de Saúde, aos diretores do hospital para que leve mais à sério nossa cidade. Estamos de olho, a Câmara Municipal está de olho. Vamos continuar cobrando e muitas visitas surpresa iremos fazer”, complementa.

Procurada pela reportagem, a secretaria Municipal de Saúde informou que está no departamento de Licitação o projeto de reforma do centro cirúrgico do Hospital Municipal, apenas aguardando conclusão para início das obras. Quanto aos equipamentos, aguarda homologação da ata de registro de preços n° 118/14 para que os equipamentos previstos em projeto de modernização possam ser entregues. A secretaria também aguarda repasse de recursos federais de incentivo para ampliação em quatro leitos que serão destinados a internações em Psiquiatria Clínica conforme pactuado na Rede de Atenção Psicossocial da Região de Sorocaba. A substituição dos aparelhos de ar condicionado do Centro Cirúrgico será feita concomitantemente a reforma do setor. “Quanto a ampliação e criação de serviços, ficam na dependência de homologação da Direção Regional de Saúde, pois se tratam de atendimento de alta complexidade e a liberação de instalação e custeio dos recursos para funcionamento, assim como a abrangência regional dos serviços (visto que os serviços de alta complexidade devem ter abrangência regional) são decisões e interesses daquele ente, por se tratar de hierarquização de atendimento e com isso o município não tem autonomia para instalação e funcionamento, visto que não serão habilitados pelo SUS”, concluiu a nota enviada pela assessoria de imprensa.

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