Por Rafael Alaby Martins Ferreira
Eleito o melhor árbitro do último Campeonato Paulista, inclusive tendo trabalhado na final entre Santos x Palmeiras, Guilherme Ceretta de Lima decidiu não apitar mais pela CBF. De acordo com o jornal Diário de S.Paulo, o sorocabano se rebelou contra a entidade após ser afastado devido a um erro na partida entre Coritiba x Flamengo, dia 13 de junho, pela 7ª rodada do Brasileirão.
Ceretta não ficou nada satisfeito com os critérios da Comissão de Arbitragem presidida por Sérgio Corrêa. Como forma de protesto, não participou dos testes teóricos e físicos, obrigatórios para todos os árbitros, em julho, nem nos “retestes”, espécie de segunda chance para quem foi reprovado na primeira chance ou se ausentou. No jogo que custou o seu afastamento, ele não expulsou Wellington Paulista, do Coritiba, após este ter xingado o auxilar, que também se omitiu.
O árbitro só pode voltar a apitar uma competição organizada pela CBF em 2016, desde que que federação no qual está afiliado, no caso, a de São Paulo – o indicar e, obviamente a CBF o integrar ao quadro.
“Tínhamos a esperança de que ele fosse um dos grandes nomes da temporada, mas eu não posso fazer mais do que isso junto com a minha comissão. Seguimos as regras. É uma pena. Lamento porque potencial ele tem. Mas a carreira do árbitro não se constrói só dentro do campo”, falou Sérgio Corrêa. Ceretta apitava a primeira divisão desde 2006 e, fazia parte, inclusive da lista de aspirantes ao quadro Fifa, o grau mais alto.
A reportagem do jornal procurou Ceretta, que confirmou que não participou das avaliações da CBF, porém, garantiu que estará nos testes da FPF que deverão ser realizados em dezembro ou janeiro. “Se o melhor árbitro do Campeonato Paulista não serve para a CBF, sinal de que os critérios não são muito coerentes”, disse.
Marcos Marinho, chefe da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista, comentou a decisão de Ceretta. “Cada pessoa tem um comportamento diferente, uma atitude. Às vezes, a decisão é precipitada, não se pensa direito. Ele vai continuar a carreira. Mas seguir na CBF, ele não quer mais”, afirmou.
Além de trabalhar na arbitragem, Ceretta é dono de uma grife de roupas esportivas, funcionário da prefeitura de Votorantim e modelo.
Foto: César Greco/Ag. Palmeiras
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