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Em MS, mais de 67 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.
Reprodução TV Globo
A chuva que já dura cinco dias provoca estragos pelo país. Em Mato Grosso do Sul quase 70 mil pessoas tiveram que sair de casa. No interior de São Paulo, crateras engoliram o asfalto e moradores ficam isolados.
São Paulo
O Rio Piracicaba, no interior de São Paulo, ficou pequeno para tanta água, invadiu a avenida Beira Rio e inundou os restaurantes. Os peixes foram parar no asfalto. O rio está com o dobro do volume normal para esta época do ano.
Também subiu muito o Rio São José, em Guapiara, no sudoeste do estado. Ele está quatro metros acima do nível normal. Várias casas estão alagadas, uma delas corre o risco de desabar. Em Sumaré, uma casa não resistiu à erosão provocada pela chuva e veio abaixo. A família tinha saído e ninguém se machucou.
Em Águas de Lindóia, foi um muro que desabou. Em Ribeirão Bonito, na região central do estado, uma moradora filmou o momento em que o asfalto cedeu na rodovia que leva a Araraquara.
Na região oeste, moradores da cidade de Pompeia têm que atravessar o rio para sair da zona rural. As quatro pontes foram levadas pela água. A rodovia da serra de Botucatu está interditada porque o barranco desceu e o asfalto afundou. Carros foram arrastados em Bauru e a enchente levou uma sucuri até o alto de um coqueiro em Cafelândia. Na mesma região, fica Borá, que está em estado de emergência. Choveu tanto que uma cratera se abriu na estrada e engoliu dois carros. Outro buraco apareceu em uma avenida deVotorantim. Em Porto Feliz, uma casa desabou e várias foram invadidas pela água.
A chuva forte também levou prejuízo a moradores de Sorocaba, onde várias ruas foram invadidas pela água. O Rio Sorocaba transbordou durante a madrugada, muitos carros ficaram parados no meio da água e muitos moradores, ilhados.
A principal ligação da Baixada Santista ao Sul do país está interditada desde a noite de terça (12), por causa da queda de sete barreiras. Desses pontos de deslizamento, apenas o de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira, ainda não foi liberado.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, mais de 67 mil pessoas tiveram que deixar as casas por causa das chuvas. Um dos municípios mais atingidos é Taquarussu, onde 200 famílias da zona rural estão isoladas porque as estradas estão intransitáveis. Ainda nesta quarta-feira (13), a Defesa Civil deve mandar cestas básicas e água potável para os moradores da cidade.
Vinte e quatro cidades do estado já decretaram situação de emergência. Em Aquidauana, 23 famílias estão abrigadas em escolas e casas de parentes porque o Rio Aquidauana subiu quase seis metros nos últimos dias e provocou alagamentos.
Paraná
No Paraná, a chuva forte prejudicou o abastecimento de água em 12 cidades. A empresa de saneamento do estado diz que os técnicos trabalham noite e dia para consertar as máquinas, mas ainda não há previsão de quando o fornecimento vai ser normalizado.
A situação é mais crítica no norte do estado. O problema é que os rios transbordaram e a água inundou estações de captação. Em Londrina, maior cidade do interior, o sistema opera com apenas 30% da capacidade e 400 mil pessoas podem ficar sem água. EmMaringá, cidade vizinha, 350 mil pessoas foram afetadas. A Prefeitura vai liberar 18 poços artesianos em áreas públicas para o abastecimento de emergência.
Nas regiões mais atingidas pelas chuvas, a água baixou e moradores tentam voltar para casa. Outros, resgatam de barco o que sobrou delas. As viagens ainda estão complicadas em muitas regiões. A polícia rodoviária informou que 24 trechos permanecem interditados em rodovias estaduais e federais. Em 18 desses pontos, a interdição é total.
Em Rolândia, perto de Londrina, o Corpo de Bombeiros continua procurando o motorista Odair José Martins, desaparecido desde segunda-feira (11). Ele tentava atravessar um rio quando o ônibus que dirigia foi arrastado pela correnteza.
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