Valdinei Queiroz
Eliana e Thiago
Foto: Valdinei Queiroz
É notório que, durante as partidas de futebol, principalmente na várzea, o árbitro é hostilizado e, até mesmo, a mãe é lembrada, mas, claro, de uma forma grosseira. E para celebrar o Dia das Mães, comemorado amanhã (8), a reportagem conversou com a mãe de um árbitro de futebol.
A técnica em enfermagem Eliana Maria de Andrade, 50 anos, tem um filho que apita jogos da várzea em Sorocaba e Votorantim desde o final de 2014. “Ele não me deixa comparecer nos jogos, sabendo que vou ouvir vários xingamentos direcionados a ele.” E quando teve a oportunidade de ver de perto seu filho, conteve-se quando torcedores não foram educados com seu caçula. “Ele mesmo fala para eu ficar tranquila, que aquilo é, infelizmente, coisa do jogo.”
O operador de empilhadeira Thiago de Andrade, 25 anos, deixou de canto ser jogador de futebol para se tornar, futuramente, um árbitro profissional. “Desde o ano passado, faço um curso preparatório na Federação Paulista, pensando, em curto prazo, apitar jogos da série B do Campeonato Paulista e, quem sabe, da elite do Paulista.” Caso ele seja aproveitado, ele vai, primeiramente, apitar jogos do sub-11, 13 e 15. “Se gostarem de mim, aí sim posso pensar em saltos maiores.”
Andrade não costuma levar sua mãe, muito menos sua esposa para vê-lo apitar os jogos. “Brinco com a minha família que eu tenho duas mães: a que me criou e a do campo.” Andrade tem um filho chamado Davi, de 3 anos, que, segundo ele, tem futuro como jogador, e não como árbitro. Durante a entrevista, o menino estava batendo uma bola no campo do estádio municipal Domenico Paolo Metidieri.
O operador de empilhadeira leva, no momento, a vida de árbitro como hobby, apitando apenas aos finais de semana. E durante a semana trabalha na empresa Vitopel. “Meu sonho é se tornar árbitro profissional e estou trilhando para que isso aconteça.” Ele faz parte da Associação Sorocabana de Árbitros (ASA) desde setembro de 2013, dando início como auxiliar, também conhecido como “bandeirinha”. O importante, neste caso, é não dar bola pra torcida.
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