segunda-feira, 13 de junho de 2016

Festa Junina de Votorantim terá menos fogos no encerramento

Jornal Cruzeiro do Sul
Fernando Guimarães

O encerramento da festa será no dia 26 de junho - LUIZ SETTI / ARQUIVO JCS

A 101ª Festa Junina Beneficente de Votorantim tem em sua programação, ao final do evento, em 26 de junho, será queimada nova carga de fogos de artifício, encerrando mais uma edição. Apesar de campanhas propondo o fim da queima de fogos - desenvolvidas por associações, sociedades de proteção aos animais e por ambientalistas - para não acabar com a tradição e em respeito ao meio ambiente, a crianças, idosos e aos animais, a prefeitura informou que diminuiu a carga de explosivos.

De modo geral, votorantinenses entrevistados pela reportagem acreditam que a curta duração das explosões não seria suficiente para causar tanto transtorno aos animais. Acreditam que os fogos de artifício detonados no final do ano provocariam mais danos pela quantidade e variedade de lugares em que são soltos. "Eu gosto de ver os fogos e acho que 12 ou 15 minutos não prejudica os animais. O que incomoda mesmo são esses botecos, com um monte de bêbados. Os fogos e a festa são uma diversão para quem não tem", afirma a cozinheira Glauciane Pires de Moraes, 39 anos. Acompanhada da filha Thais Carolina de Moraes, 17 anos, dizia que neste ano pretende assistir à queima de fogos. Mora no Jardim Serrano. "Para ela, a prefeitura tem de manter a tradição." A cozinheira tem três cachorros e um gato e observa que eles ficam agitados, mas não acredita que isso possa prejudicá-los. "Agora, acho que poderia ser só no final da festa e já seria mais do que suficiente. Poderia usar a verba para ajudar as pessoas que necessitam", defende.

Moradora no Jardim Serrano II, a dona de casa Paula Regina da Silva, 35 anos, também acha que a prefeitura deve manter a tradição. "É muito bonito. Quando trabalhei lá, gostava de ver", diz. Ela tem cinco filhos, entre 18 e 3 anos. Só não tem ido mais à festa porque fica caro para todo mundo. "É legal ter, mas, dependendo de como é... aquela fumaceira..., acho que gera um perigo", afirma o chefe de cozinha Francisco Assis Santos, 35 anos, que mora na Barra Funda. Divide a mesma opinião de todos Kethelin Lemes, 19 anos. Moradora na Barra Funda, Kethelin diz que a tradição deve continuar, porém, somente no final da festa. "Tenho uma cachorrinha. Ela fica assustada, mas logo que acabam os fogos ela fica bem", afirma a moça que trabalha no setor administrativo, mas que se desempregou nesta semana. Kethelin tem conhecimento de que animais acabam fugindo por causa dos rojões, entretanto, diz que o dono do animal tem responsabilidade nisso também

.Sorocaba aboliu a queima de fogos na festa junina desde 2013, quando Antonio Carlos Pannunzio assumiu a prefeitura.

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