Operação 'Ultrassom' cumpriu mandados de busca também em Votorantim.
Falso médico é suspeito de atuar em Sorocaba (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Um homem de 42 anos foi preso na terça-feira (8) suspeito de usar documentos falsos e por estelionato, durante operação “Ultrassom” da Polícia Federal, que apura atividade irregular de medicina. Os policiais cumpriram mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Sorocaba e Votorantim (SP).
Segundo a PF, o suspeito teria falsificado diploma de médico cirurgião no ano de 2005 de uma Universidade na Bolívia e apresentado em Conselhos Regionais de Medicinas em três estados no Brasil. Durante investigação no país, foi descoberto que o falso médico não foi estudante da instituição.
O homem teria constituído empresa em Sorocaba no ano de 2013 para exercer “atividade médica ambulatorial restrita a consultas”, segundo a polícia, e atualmente prestava serviços elaborando exames de imagens em um laboratório veiculado a um dos principais hospitais da cidade.
A polícia agora irá investigar em quais clínicas e laboratórios o falso médico atuou, a quantidade de pacientes atendidos e eventuais prejuízos financeiros e à saúde.
Esquema revelado
Em 2015, foi revelado o caso dos falsos médicos que atuavam em unidades de saúde da região veio à tona depois que uma mulher que atendia no pronto-atendimento do município de Alumínio (SP), com o nome e registro profissional de Cibele Lemos, foi embora de um plantão sem dar justificativa à equipe que trabalhava com ela.
Depois disso, a Diretoria de Saúde, a empresa responsável pela contratação e a Polícia Civil passaram a investigar todos os profissionais contratados pela prestadora de serviços. Foi então que os outros falsos profissionais foram identificados nas cidades de Mairinque e São Roque. A responsabilidade pela contratação dos médicos era das empresas Innova e Instituto Ciências da Vida (ICV). Os pacientes foram orientados a passar por novo atendimento.
Indignado, o diretor da unidade decidiu consultar o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para tomar uma atitude administrativa. Porém, ao abrir o perfil da profissional, viu que a foto não condizia com a pessoa que trabalhava no local.
Investigações
Durante a operação “Placebo”, aberta para investigar o caso, a Polícia Civil cumpriu diversos mandados de busca e apreensão de documentos nas diretorias de saúde, empresas e pronto-atendimentos. Com bases nos documentos, a delegada Fernanda Ueda afirmou à imprensa que os falsos médicos assinaram pelo menos 60 declarações de óbito. A polícia apura se as mortes foram causadas por conta de um atendimento inadequado feito pelos falsos profissionais.
Desde o início da operação, seis supostos médicos que utilizavam documentos de terceiros para trabalhar na região de Sorocaba (SP) foram identificados. Vilka de Souza, a primeira a ser descoberta trabalhando com o CRM de outra pessoa em Alumínio, continua foragida. Ela já teve a prisão temporária decretada.
Pablo Mussolini, Jaime Ricardo Chumacero Júnior e Natani Thaísse de Oliveira estão presos e prestaram depoimento na delegacia de Mairinque no final de julho. Mussolini usava os dados de Pablo Galvão para atuar em São Roque. Ele também chegou a trabalhar emFranca (SP), com um rendimento de R$ 85 mil por mês. Natani usava o nome de Nathália Oliveira.
Apenas Jaime, que é de Guajará-Mirim, em Rondônia, estava acompanhado do advogado, Bruno Valverde. Ele garantiu que o cliente é médico, formado na Bolívia e que estaria tentando revalidar o diplima no Brasil. Jaime trabalhava no pronto-atendimento deAlumínio e foi o único a se apresentar espontaneamente à polícia. As outras duas pessoas identificadas não tiveram os nomes divulgados. Uma delas, inclusive, teria falecido há um ano.
Para a polícia, eles são considerados falsos médicos porque os documentos apresentados não comprovam que eles são formados em outros países, além de apresentarem registros de outros médicos brasileiros.
O Ministério Público também investiga a responsabilidade dos órgãos de fiscalização das prefeituras sobre a contratação dos profissionais e se eles poderiam ter evitado as fraudes. O MP ofereceu denúncia do primeiro inquérito concluído pela polícia. Os suspeitos vão responder por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina e formação de quadrilha.
Segundo a PF, o suspeito teria falsificado diploma de médico cirurgião no ano de 2005 de uma Universidade na Bolívia e apresentado em Conselhos Regionais de Medicinas em três estados no Brasil. Durante investigação no país, foi descoberto que o falso médico não foi estudante da instituição.
O homem teria constituído empresa em Sorocaba no ano de 2013 para exercer “atividade médica ambulatorial restrita a consultas”, segundo a polícia, e atualmente prestava serviços elaborando exames de imagens em um laboratório veiculado a um dos principais hospitais da cidade.
A polícia agora irá investigar em quais clínicas e laboratórios o falso médico atuou, a quantidade de pacientes atendidos e eventuais prejuízos financeiros e à saúde.
Esquema revelado
Em 2015, foi revelado o caso dos falsos médicos que atuavam em unidades de saúde da região veio à tona depois que uma mulher que atendia no pronto-atendimento do município de Alumínio (SP), com o nome e registro profissional de Cibele Lemos, foi embora de um plantão sem dar justificativa à equipe que trabalhava com ela.
Depois disso, a Diretoria de Saúde, a empresa responsável pela contratação e a Polícia Civil passaram a investigar todos os profissionais contratados pela prestadora de serviços. Foi então que os outros falsos profissionais foram identificados nas cidades de Mairinque e São Roque. A responsabilidade pela contratação dos médicos era das empresas Innova e Instituto Ciências da Vida (ICV). Os pacientes foram orientados a passar por novo atendimento.
Indignado, o diretor da unidade decidiu consultar o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para tomar uma atitude administrativa. Porém, ao abrir o perfil da profissional, viu que a foto não condizia com a pessoa que trabalhava no local.
Investigações
Durante a operação “Placebo”, aberta para investigar o caso, a Polícia Civil cumpriu diversos mandados de busca e apreensão de documentos nas diretorias de saúde, empresas e pronto-atendimentos. Com bases nos documentos, a delegada Fernanda Ueda afirmou à imprensa que os falsos médicos assinaram pelo menos 60 declarações de óbito. A polícia apura se as mortes foram causadas por conta de um atendimento inadequado feito pelos falsos profissionais.
Desde o início da operação, seis supostos médicos que utilizavam documentos de terceiros para trabalhar na região de Sorocaba (SP) foram identificados. Vilka de Souza, a primeira a ser descoberta trabalhando com o CRM de outra pessoa em Alumínio, continua foragida. Ela já teve a prisão temporária decretada.
Pablo Mussolini, Jaime Ricardo Chumacero Júnior e Natani Thaísse de Oliveira estão presos e prestaram depoimento na delegacia de Mairinque no final de julho. Mussolini usava os dados de Pablo Galvão para atuar em São Roque. Ele também chegou a trabalhar emFranca (SP), com um rendimento de R$ 85 mil por mês. Natani usava o nome de Nathália Oliveira.
Apenas Jaime, que é de Guajará-Mirim, em Rondônia, estava acompanhado do advogado, Bruno Valverde. Ele garantiu que o cliente é médico, formado na Bolívia e que estaria tentando revalidar o diplima no Brasil. Jaime trabalhava no pronto-atendimento deAlumínio e foi o único a se apresentar espontaneamente à polícia. As outras duas pessoas identificadas não tiveram os nomes divulgados. Uma delas, inclusive, teria falecido há um ano.
Para a polícia, eles são considerados falsos médicos porque os documentos apresentados não comprovam que eles são formados em outros países, além de apresentarem registros de outros médicos brasileiros.
O Ministério Público também investiga a responsabilidade dos órgãos de fiscalização das prefeituras sobre a contratação dos profissionais e se eles poderiam ter evitado as fraudes. O MP ofereceu denúncia do primeiro inquérito concluído pela polícia. Os suspeitos vão responder por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina e formação de quadrilha.
Suspeitos são investigados por usarem CRM
de outros médicos (Foto: Reprodução TV TEM)
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