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Encaminhada ao hospital, a jovem afirmou ser vítima de agressões feitas por Gustavo Vinícius de Oliveira Bernardino, de 21 anos. A família da jovem foi até a cidade após ser contatada pelo Conselho Tutelar de Santa Helena de Goiás. A Polícia Civil prendeu o jovem no dia 18, quando ele foi levado para o Centro de Inserção Social (CIS) de Santa Helena de Goiás.
Em entrevista ao G1, a jovem relata os momentos de horror que passou ao lado do agressor.
“Aos poucos ele estava me matando. Eu não sei como eu não morri, quando ele tacava o facão na minha cabeça”, conta a jovem, que possuía bichos no ferimento ainda aberto na cabeça, quando foi encontrada pelos bombeiros. “[Ele] Jogava o facão na minha cabeça e foi abrindo mais. Eu só via pedaço de couro cabeludo saindo com fios de cabelo. Fui perdendo a sensibilidade e não sentia mais nada. Ele quebrou o meu dedo com o facão. Conforme eu ia me defendendo, ele me atingia.”
Namoro
A adolescente conta que conheceu o namorado na cidade de Votorantim (SP), em um baile funk, quando ela tinha 15 anos. Um mês após o início do namoro as agressões começaram. Segundo a jovem, eles estavam voltando da igreja quando ele a trancou dentro de um quarto e começou a agredi-la com tapas, socos e um cabo de vassoura. “Ele falou que eu estava olhando para outras pessoas e começou a me bater. Eu fiquei assustada e tentei fugir, mas ele falava que iria me matar e quem entrasse na frente também. Eu não sabia que ele era violento desse jeito”, disse ao G1.
A vítima diz também que os familiares chegaram a desconfiar da situação, mas ela era obrigada a dizer que estava tudo bem. Pouco tempo depois, Gustavo decidiu se mudar com a adolescente para uma cidade no interior de Goiás. “Para a minha família ele inventava que era para arrumar serviço, que tinha parentes lá, mas nunca cheguei a conhecer. Foi como uma obrigação, talvez por medo de alguém descobrir o que ele fazia”, relembra. Para a jovem, o rapaz também teria sofrido ameaças por conta de desavenças com outras pessoas em Votorantim.
Em casa
De volta a Votorantim, a jovem diz se sentir segura e feliz. “Eu queria morrer e quase me matei. Se não fosse o acidente eu acho que estaria morta”, fala. E faz planos para o futuro. “Foi uma lição, para eu aprender. Agora vou tomar mais cuidado. Eu vou voltar a estudar de novo e fazer as coisas direito. Fazer algum curso, tirar a minha carta [de habilitação]. Seguir em frente”, finaliza.

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