Eric Mantuan
A atleta vai jogar e estudar na Cisco College, no Texas - EMÍDIO MARQUES
Quando a bola rolar nesta quarta (3) para as doze seleções de futebol feminino (África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Nova Zelândia, Suécia e Zimbábue) que disputam os Jogos Rio-2016, é muito provável que a busca pela medalha de ouro represente o ponto mais alto da carreira de cada uma das atletas. É em nome do sonho de se tornar uma dessas personagens no futuro que a votorantinense Bruna Moureira, de 18 anos, embarca na semana que vem para o Texas, nos Estados Unidos. Por lá, vai estudar e jogar futebol em um time universitário.
Ex-jogadora de Votorantim, ela hoje treina com o ASX/Sorocaba, equipe que realiza intercâmbios de atletas com outros países, e viu sua vida virar de pernas para o ar num período de três meses: precisou arrumar o passaporte, preparar a mudança e aprender inglês. Para poder passar na prova da universidade americana, fez um curso intensivo. "Eu sabia o básico e precisava de um nível pré-intermediário. Estudava de segunda a sábado, cinco horas por dia, e deu tudo certo", comemora. Nos EUA, a atacante vai morar na universidade; à distância, no Brasil, ficam os pais, Adriana e Josélio, torcendo pelo sucesso da garota.
Embora torça para que o período de quatro anos no principal pólo da modalidade -- a seleção americana é a maior medalhista olímpica no futebol feminino, com quatro de ouro (Atlanta-1996, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012) e uma de prata (Sydney-2000) -- possa lhe abrir as portas para uma carreira no futebol internacional, Bruna quer mesmo é que esse esporte possa crescer e oferecer novas oportunidades no Brasil, terra de Marta, eleita por cinco vezes a melhor jogadora do mundo, e da maior artilheira olímpica, Cristiane.
Na opinião da votorantinense, os Jogos Rio-2016 são uma grande oportunidade para isso. "Eu queria mesmo era voltar formada e mostrar que as meninas também podem jogar bola no Brasil. Espero que a Olimpíada faça as pessoas terem uma visão diferente do esporte", diz.

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