Auditório do jornal Cruzeiro do Sul está pronto para receber os candidatos - PEDRO NEGRÃO
Correligionários na entrada do jornal - FÁBIO ROGÉRIO
Correligionários na entrada do jornal - FÁBIO ROGÉRIO
Auditório do jornal Cruzeiro do Sul recebe inscritos para o debate - PEDRO NEGRÃO
Candidatos a prefeito na mesa dos debates - FABIO ROGERIO
Público acompanha o debate - FÁBIO ROGÉRIO
Este ano, a campanha na cidade foi judicializada com a impugnação, a requerimento do Ministério Público, de concorrentes aos cargos de prefeito, de vice e de vereador. A questão, assim, norteou as manifestações dos participantes Carlos Mineiro (PSDB), Fernando Oliveira (DEM), Jair Cassola (PDT) e Rodrigo Chizolini (Psol) e fez com que a temperatura das discussões subisse.
O primeiro encontro entre os postulantes votorantinenses registrou três pedidos de direito de resposta, situação considerada normal pelo editor-chefe do jornal, José Carlos Fineis. "Os ânimos estiveram, sim, em alguns momentos, exaltados, mas esse é um ingrediente do debate político. O saldo foi altamente positivo", destacou.
Apresentado pela jornalista Samira Galli e mediado pelo jornalista Fernando Guimarães, o debate foi dividido em três blocos. No primeiro, os candidatos responderam às perguntas comuns de Fábio Andrade, da Cruzeiro FM 92,3, e José Antonio Rosa, do Cruzeiro do Sul.
Rodrigo Chizolini disse que pretende melhorar o atendimento de saúde na rede pública com a implantação do programa Médico da Família; Fernando Oliveira espera otimizar o serviço prestado pelas unidades básicas, Carlos Mineiro quer dar impulso ao Hospital Municipal, e Jair Cassola quer ampliar a gama de atividades do setor aos usuários.
Ao responderem questionamento sobre a segurança do eleitor ao votar diante da indefinição jurídica de alguns, os candidatos reforçaram que são "ficha limpa". Jair Cassola confirmou que responde a processo, mas não pelos motivos que os adversários têm alardeado. "Eu sou processado porque mantive na minha administração 160 cargos comissionados, muitos deles, aliás, ocupados por funcionários de carreira. Isso não é motivo para impugnar ninguém e estou tranquilo de que a justiça prevalecerá".
Fernando Oliveira, cujo vice que primeiro compôs sua chapa também sofreu impugnação e teve de ser substituído, afirmou que, em uma eventual gestão, não permitirá que essa prática ocorra. Chizolini, que participa da primeira campanha, lembrou que a ex-deputada Luiza Erundina, que disputa a Prefeitura de São Paulo pelo seu partido, nunca respondeu a processo. Carlos Mineiro também defendeu a moralidade dentro da gestão pública. No segundo bloco, os candidatos responderam a perguntas de eleitores.
Nos dois últimos, quando fizeram perguntas entre si, falaram do aproveitamento do potencial turístico da represa de Itupararanga, do desenvolvimento da cidade que hoje tem a base da economia estruturada no setor de serviços e do comércio, e da política de atração de novos investimentos.
Clima tenso
Os candidatos também aproveitaram para trocar farpas. Chizolini alfinetou o democrata Fernando Oliveira, ao lembrar da incoerência de sua opção política, já que o partido do adversário representaria, no seu entender, um retrocesso. Oliveira respondeu que o DEM pode até ser conservador, mas ele, pessoalmente, não.
Na sequência, questionou o tucano Carlos Mineiro sobre "o milagre" que ele pretendia operar para executar o seu programa de governo. O candidato do PSDB falou da privatização do Saae aprovada pela Câmara em projeto de lei que contou com o voto favorável de Fernando. A operação acabaria sendo discutida em outras ocasiões. Coube a Mineiro encaminhar o primeiro pedido de resposta para justificar que não é mais, por força da lei eleitoral, secretário da gestão do prefeito Erinaldo Alves da Silva. Cassola interpelou Chizolini sobre sua inexperiência administrativa e teve de responder, depois, porque, como empresário, mantêm seus negócios em Salto de Pirapora.
Já nas considerações finais, o ex-prefeito, em tom de desabafou exibiu documento da Justiça Eleitoral que, conforme disse, comprovaria que Fernando Oliveira também estaria enquadrado na Lei do Ficha Limpa. O democrata pediu direito de resposta e afirmou que a prova exibida seria falsa. Cassola rebateu. (José Antônio Rosa)
Provocações marcam chegada ao jornal
As provocações entre os cabos eleitorais dos candidatos Carlos Mineiro (PSDB) e Jair Cassola (PDT) marcaram a chegada dos concorrentes à Prefeitura de Votorantim ao jornal Cruzeiro do Sul. Com carros de som e soltando rojões, os cabos eleitorais dos dois candidatos se misturaram em um único espaço, em frente o portão de entrada do jornal. Quando o veículo em que estava o candidato Jair Cassola chegou, o mesmo foi cercado tanto pelos cabos que o apoiam quanto pelos cabos eleitorais do oponente, dizendo que Carlos Mineiro é ficha limpa. As divergências ficaram no campo das provocações, já que em momento algum ocorreu qualquer início de agressões entre os cabos eleitorais.
O debate estava marcado para às 20h e o primeiro candidato a chegar foi Fernando Oliveira (DEM), às 19h38. Às 19h32 chegou o candidato Jair Cassola; às 19h38, Carlos Mineiro e às 19h55, Rodrigo Chizolini (Psol). O coordenador de uma associação que apoia um dos candidatos, Alexandre Portilho, opinou que o debate é importante para a democracia porque expõe as propostas e demonstra as diferenças de pensamento dos candidatos.
O coordenador de marketing de outro dos candidatos, Carlos Laino, disse que debates expõem os candidatos sem filtro algum, falando o que pretendem fazer pelo município. Opinou que ontem, no primeiro debate do qual os candidatos de Votorantim participaram, apresentou a essência e o emocional de cada postulante ao executivo de Votorantim. O coordenador de comunicação de um dos candidatos, César Silva, declarou que os cabos eleitorais recepcionaram com bandeiras e cornetas, fazendo muito barulho, para estimular o candidato.
Já o cabo eleitoral José Luiz Paulino, 54 anos, disse que o debate é bom para todos os candidatos porque esclarece tudo o que eles têm a dizer. A monitora de equipe de rua da campanha de um dos candidatos, Isabeli Rodrigues Garcia, 26 anos, afirmou que o debate é mais importante do que a propaganda eleitoral e o contato com os munícipes nas ruas porque os eleitores realmente conhecem o que pensam. O cabo eleitoral Elder Ferreira Grhan Júnior, 28 anos, disse que o debate é importante porque expõe as propostas dos candidatos. (Leandro Nogueira)
Participantes elogiam nível das discussões
Discussões acaloradas à parte, para os candidatos a prefeito de Votorantim, o debate realizado ontem foi considerado de bom nível e possibilitou ao eleitor a chance de conhecer melhor os concorrentes e suas propostas. Rodrigo Chizolini (Psol) elogiou a iniciativa conjunta do Cruzeiro do Sul e da rádio Cruzeiro FM 92,3.
"É sempre importante discutir e levar ao público o conjunto de ideias e de ações que cada um aqui quer ver colocado em prática, caso vença a eleição. Estamos satisfeitos tanto pela participação quanto pelo desempenho. Acredito que conseguimos levar ao eleitor nossa visão de governo. Até por isso, louvo o projeto do jornal e da rádio".
Fernando Oliveira também destacou a importância do debate, afirmando que ele serviu para que todos se dessem a conhecer. "Nessa hora, não dá para disfarçar; os eleitores ficaram sabendo quem são os candidatos e os que estão realmente comprometidos com a causa maior de promover justiça social e governar para os que precisam, resolvendo os problemas de uma administração que tem se mostrado desastrosa", disse.
Carlos Mineiro gostou de ter participado de seu primeiro debate como candidato. "É natural o acirramento, os ânimos mais acalorados, mas, na essência, penso que fomos bem sucedidos em levar ao eleitor nossas propostas. Todos ficaram sabendo dos nossos compromissos e dos programas que iremos executar".
Jair Cassola também aprovou o encontro. "Quero, aqui, cumprimentar novamente o jornal Cruzeiro do Sul e a rádio Cruzeiro 92,3 pela iniciativa. São momentos como esse que contribuem para o processo democrático. Todos puderam falar, expor seus pontos de vista e dizer como esperam ver realizados os programas. Cabe, agora, ao eleitor formar sua convicção".
Ele considerou os momentos de maior tensão normais. "Faz parte do jogo. Não se pode esperar que num debate eleitoral, assuntos mais palpitantes fiquem de fora. Isso tudo, posso falar com conhecimento de quem já foi prefeito duas vezes, é inerente ao processo. Saio daqui satisfeito".(José Antônio Rosa)






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