Sabrina Souza
evisão é de que linhas sejam normalizadas até às 14h - ERICK PINHEIRO
Sindicato diz que 30% da frota está circulando - ERICK PINHEIRO
Paralisação também afeta o transporte em Votorantim - ERICK PINHEIRO
Terrminal São Paulo ficou praticamente sem ônibus nesta manhã - ERICK PINHEIRO
Motoristas se concentram na porta das empresas de ônibus - ERICK PINHEIRO
Transporte é prejudicado por paralisação - ERICK PINHEIRO
Os ônibus do transporte coletivo urbano, interurbano, rodoviário e de fretamento começaram a deixar as garagens ao meio-dia para voltar a circular no período da tarde nas linhas de Sorocaba e região, após a paralisação iniciada à meia-noite desta sexta-feira (11). A previsão é de que todas as linhas sejam normalizadas até às 14h. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, manteve 30% da frota em circulação pela mandrugada e pela manhã, em respeito à Lei de Greve. A greve causou transtornos aos passageiros e também trouxe reflexos ao trânsito, já que muitos moradores tiveram que recorrer ao carro para cumprirem seus compromissos.
Em Votorantim, o terminal amanheceu vazio. Alguns ônibus permanecem em circulação, mas a maioria dos usuários já havia se programado para a paralisação. O técnico de qualidade Marcelo Mendes, de 33 anos, conta que precisou pedir carona a um familiar para se deslocar de sua casa até o terminal, onde pega um ônibus fretado para sua empresa. "Por sorte fiquei sabendo da greve por populares e consegui a carona, se não teria que vir andando", relata.
Foi o que precisou fazer a operadora de atendimento Juliana Maria Braz de Oliveira, 38, que teve que caminhar por 30 minutos de sua casa até o terminal. "A empresa mudou a rota do fretado para esse local pois não sabíamos que horário conseguiríamos pegar o intermunicipal, que vai até Sorocaba", explica ela, que normalmente embarca nesse veículo no terminal São Paulo, em Sorocaba.
Em Sorocaba, o movimento maior ficou por conta do terminal Santo Antônio, enquanto que o São paulo permaneceu mais vazio.Moradora de Salto de Pirapora, a auxiliar de enfermagem Karina Matos, 38, precisou recorrer a uma carona para chegar a Sorocaba, até a avenida Armando Pannunzio. "De lá até o terminal São Paulo, esperei 40 minutos por um ônibus", conta. Ela deveria ter entrado às 7h no trabalho e lamenta o atraso. "Nai sei que horas vou conseguir chegar. Estou esperando aqui no terminal mas não vem nenhum ônibus da linha", cita.
O auxiliar de manutenção Giovani Henrique de Araújo Prestes, de 20 anos, cita que ficou esperando por cerca de uma hora e 20 minutos no ponto próximo a sua casa, no bairro Paineiras, até a chegada de um ônibus até o terminal Santo Antônio. Ele deveria entrar às 7h no trabalho e ainda aguardava a chegada de um ônibus até a avenida General Carneiro. "É um direito dos motoristas pararem, mas eles deveriam ter mais respeito com a população, pois mesmo que esteja com 30% da frota, não sabemos que horas esses ônibus vai passar, reclama. Ele também contou que os ônibus estão mais lotados que o normal.
O ato
A categoria participa do Dia Nacional de Greve contra o que chama de "Pacote de Maldades" do governo Temer. As medidas do governo federal, entendem os organizadores do protesto, ameaçam direitos trabalhistas e sociais. Por conta da paralisação, a Urbes, empresa pública que gerencia o transporte coletivo em Sorocaba, anunciou que trabalha em esquema emergencial para evitar maiores prejuízos à população.
Em nota, a empresa lembrou que oficiou às empresas e ao sindicato para evitar a paralisação, uma vez que, segundo entende, apenas 30% da frota circula no período que durar a manifestação. Esse percentual, continua o comunicado, "não é suficiente para atender à demanda de passageiros".
Em relação ao trânsito, segundo a Urbes, os amarelinhos estão posicionados desde as primeiras horas da manhã em pontos estratégicos de tráfego para minimizar os efeitos da paralisação. A central semafórica opera em esquema diferenciado para dar fluidez às vias arteriais. Os agentes que trabalham no Centro de Controle Operacional (CCO) auxiliam no monitoramento por meio das câmeras instaladas na cidade.
De acordo com a empresa, o sistema de transporte na cidade possui 109 linhas de ônibus em operação. Circulam diariamente nos terminais cerca de 120 mil passageiros, sendo 80 mil no Santo Antônio e 40 mil no São Paulo. Em Itapetininga, a Secretaria de Trânsito também adotará medidas para que os passageiros sofram menos com a suspensão do serviço.
Fretados
Segundo o sindicato, a maioria das linhas de ônibus fretados também está parada. No entanto, oSindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento e para Turismo de Sorocaba e Região (Setfret) também orientou as empresas associadas sobre o chamamento de greve que deve paralisar os serviços e reafirmou a orientação aos associados para que entrem em contato com seus clientes e informem que estarão saindo das suas garagens normalmente para trabalhar. A entidade pediu apoio à Polícia Militar para garantir a segurança dos funcionários das empresas.
Também por meio de nota, o sindicato que representa os motoristas esclareceu que a paralisação obedece às disposições da Lei de Greve e que notificou todas as empresas da base com 72 horas de antecedência. Além disso, comprometeu-se a manter em operação 30% da frota do transporte essencial.
O sindicato informou ainda que o transporte especial (que atende pessoas com deficiência), nos municípios que oferecem este serviço à população, está funcionando 100%. Eles estão com representantes em todas as garagens de ônibus para monitorar a paralisação.
Segundo a entidade, o Dia Nacional de Greve faz parte da jornada organizada pelas centrais sindicais de todo o país contra as PECs do ajuste fiscal.
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