Jornal Cruzeiro do Sul
Os terminais de Sorocaba e Votorantim estão fechados e ônibus não circulam - ERICK PINHEIRO
Sorocaba amanheceu sem transporte coletivo nesta sexta-feira (28), em
função da greve convocada por oito centrais sindicais -- CUT, UGT, CTB,
Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB --, o ato é contra os
projetos de reforma trabalhista, Previdência e terceirizações, propostos
pelo governo federal e em tramitação no Congresso Nacional.
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Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região,
100% dos trabalhadores irão aderir ao ato. A paralisação do transporte
coletivo na cidade deverá ser mantida até a meia-noite, segundo
orientação do sindicato.
A Urbes -- Trânsito e
Transportes chegou a ajuizar uma ação junto ao Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) pedindo que fosse mantida 70% da frota de ônibus da
cidade em operação. Mas nesta quinta-feira (27) à noite, a Prefeitura
informou que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não concedeu a
liminar para garantir os ônibus na rua. Mesmo assim, a municipalidade
interpôs recurso contra a decisão, mas até o final da noitede ontem não
havia obtido resposta. O sindicato informou que os transportes voltados
para atendimento específico de saúde irão funcionar normalmente.
Terminais fechados
Nos terminais de ônibus de Sorocaba e Votorantim o movimento pela manhã
foi tranquilo, já que os locais estão fechados e nenhum ônibus circula
desde as primeiras horas de hoje. Algumas pessoas aguardam na frente dos
terminais por caronas ou ônibus fretados, mas a passagem desses
veículos também é incerta, já que os motoristas também aderiram à
paralisação.
É o caso da operadora de atendimento Ana Lúcia de Souza, que
trabalha em Itu. "A empresa falou pra gente esperar aí o fretado ia
passar, mas já está atrasado". Para chegar até a frente do terminal São
Paulo, ela teve que recorrer à carona de um amigo. "Não estou muito
informada sobre as reformas, mas acredito que a greve não é a melhor
opção pois prejudica o próprio trabalhador."
Já o operador de telemarketing Douglas Pereira da Silva, que
esperava ô ônibus fretado da empresa próximo ao bairro Votocel, em
Votorantim, as reformas vão prejudicar os trabalhadores, mas as pessoas
ficam numa posição complicada com a greve. "Eu apoio a paralisação, por
que tudo isso que está acontecendo vai destruir nossos direitos, mas não
vou deixar de trabalhar pois não posso correr o risco de ficar sem
emprego", diz. Normalmente, ele usa o transporte coletivo até o
terminal, onde embarca no fretado.
Algumas pessoas também não sabiam que a paralisação ocorreria nesta
sexta. "Eu ouvi que ia ter greve, na não sabia que era hoje", contou o
aposentado Aguinaldo Pedroso. Ele esperava o transporte coletivo em
Votorantim para ir até o INSS, mas acabou voltando para a casa ao saber
que os ônibus estavam parados.
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