sexta-feira, 28 de abril de 2017

Paralisação dos ônibus deve ser mantida até meia-noite

Jornal Cruzeiro do Sul

    Os terminais de Sorocaba e Votorantim estão fechados e ônibus não circulam - ERICK PINHEIRO


Sorocaba amanheceu sem transporte coletivo nesta sexta-feira (28), em função da greve convocada por oito centrais sindicais -- CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB --, o ato é contra os projetos de reforma trabalhista, Previdência e terceirizações, propostos pelo governo federal e em tramitação no Congresso Nacional.
 
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Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, 100% dos trabalhadores irão aderir ao ato.  A paralisação do transporte coletivo na cidade deverá ser mantida até a meia-noite, segundo orientação do sindicato.


A Urbes -- Trânsito e Transportes chegou a ajuizar uma ação junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pedindo que fosse mantida 70% da frota de ônibus da cidade em operação. Mas nesta quinta-feira (27) à noite, a Prefeitura informou que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não concedeu a liminar para garantir os ônibus na rua. Mesmo assim, a municipalidade interpôs recurso contra a decisão, mas até o final da noitede ontem  não havia obtido resposta. O sindicato informou que os transportes voltados para atendimento específico de saúde irão funcionar normalmente.


Terminais fechados


Nos terminais de ônibus de Sorocaba e Votorantim o movimento pela manhã foi tranquilo, já que os locais estão fechados e nenhum ônibus circula desde as primeiras horas de hoje. Algumas pessoas aguardam na frente dos terminais por caronas ou ônibus fretados, mas a passagem desses veículos também é incerta, já que os motoristas também aderiram à paralisação.                        
 
É o caso da operadora de atendimento Ana Lúcia de Souza, que trabalha em Itu. "A empresa falou pra gente esperar aí o fretado ia passar, mas já está atrasado". Para chegar até a frente do terminal São Paulo, ela teve que recorrer à carona de um amigo. "Não estou muito informada sobre as reformas, mas acredito que a greve não é a melhor opção pois prejudica o próprio trabalhador."
 
Já o operador de telemarketing Douglas Pereira da Silva, que esperava ô ônibus fretado da empresa próximo ao bairro Votocel, em Votorantim, as reformas vão prejudicar os trabalhadores, mas as pessoas ficam numa posição complicada com a greve. "Eu apoio a paralisação, por que tudo isso que está acontecendo vai destruir nossos direitos, mas não vou deixar de trabalhar pois não posso correr o risco de ficar sem emprego", diz. Normalmente, ele usa o transporte coletivo até o terminal, onde embarca no fretado.
 
Algumas pessoas também não sabiam que a paralisação ocorreria nesta sexta. "Eu ouvi que ia ter greve, na não sabia que era hoje", contou o aposentado Aguinaldo Pedroso. Ele esperava o transporte coletivo em Votorantim para ir até o INSS, mas acabou voltando para a casa ao saber que os ônibus estavam parados.

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