domingo, 14 de janeiro de 2018

Passeio de bonde mantém o passado ainda presente em Santos

A Tribuna

Abertos ou fechados, veículos percorrem locais históricos e ensinam a História local aos turistas

Guias com roupas de época orientam os turistas que fazem o passeio (Foto: Fernanda Luz /AT)

De um lado, um prédio de 1867, da primeira ferrovia do Estado. Do outro, um motorneiro com roupas lá da década de 1950, dando boas-vindas para a imersão num passado ainda presente em Santos. Tudo isso está disponível de terça-feira a domingo, no passeio do Bonde Histórico. Por R$ 7,00, é possível percorrer 40 pontos de interesse turístico que contam o desenvolvimento da Cidade onde está o maior porto da América Latina. Até 18 de fevereiro, os bondes trafegam em horário estendido, das 10h30 às 17 horas, a cada 30 minutos, saindo sempre da Estação Valongo (Largo Marquês de Monte Alegre, 2).
Em cada passeio, pode-se aprender sobre arquitetura antiga, a história do café na Cidade, curiosidades do Porto, de imóveis históricos e, ainda, se divertir com as passagens contadas pelos guias turísticos. Todos os passeios são monitorados.
Vários bondes fazem o percurso. Suas diferentes origens relembram a época em que vários outros países tiveram como meio de transporte os bondinhos. Em Santos, eles circularam entre 1871, com tração animal, e 1971, quando a linha 42 fez a última viagem. E essa variedade de veículos novamente circulando na Cidade representa o primeiro Museu Vivo Internacional de Bondes da América Latina.

Os bondes

O bonde aberto 32, escocês, é um dos que estão à disposição dos visitantes. Construído em 1911, é o mais antigo elétrico em circulação no País. Uma curiosidade é que suas bases laterais de madeira (estribo duplo) serviam para facilitar a entrada de mulheres com saias e vestidos. Pessoas costumavam entrar por qualquer lado do bondinho, que nem sempre estava parado – apenas se reduzia a velocidade.

Tudo nele é original ou foi restaurado. Circula desde 14 de agosto de 2012.

O bonde fechado 40, também escocês, é bem parecido, mas ganhou um apelido carinhoso: *camarão*, porque originalmente era vermelho e sempre teve aparência fina e comprida. Hoje verde e do mesmo ano de fabricação que o 32, o 40 é idêntico aos bondinhos que rodaram na Cidade até a década de 1970. Ele pode andar a até 50 km/h, mas os motorneiros santistas não exigem tanto dele. Afinal, o espaço dos bondes é também utilizado por veículos e pedestres.
Outro bondes, este em manutenção, é o reboque 38. Doado pela Prefeitura de Votorantim, no Interior do Estado, ele é o segundo em circulação na região e o maior de todos. Tem capacidade para 42 passageiros e entrou em operação em janeiro de 2016.
Trata-se de uma adaptação do antigo bonde aberto da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, exposto em Campos do Jordão (SP). Um parecido é o reboque pequeno, antigo bonde de tração animal, de 1871, com 24 lugares.


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