domingo, 4 de março de 2018

Mulas de elite são valiosas e movimentam pecuária no interior de São Paulo

Por Nosso Campo, TV TEM
Algumas mulas de marcha e andamento são tão procuradas que custam até mais do que cavalos.

Mulas de patrão como são conhecidas nascem para vencer (Foto: Reprodução/TV TEM)

Carregar peso não é com elas, mas isso não significa vida mansa. As mulas de patrão como são conhecidas nascem para vencer. No aras do Róbson Sankara, no município de Votorantim (SP), o tratamento diferenciado é para conseguir bom desempenho nas competições de marcha e andamento.

Ele cria muares há 16 anos e diz que comercializar mula de elite é o principal negócio da propriedade atualmente. O criador conta que características como manejo, treinamento e características físicas são atributos que agregam valor aos muares. Uma mula de patrão vale em torno de R$ 20 mil e uma de competição ultrapassa os R$ 100 mil.

O curioso é que a mula nem sempre esteve assim tão em alta no mercado. Ela era conhecida e usada apenas para o trabalho no campo, mas hoje o mercado exige animais de qualidade.

O sucesso do cruzamento precisa reunir jumento marchador e égua boa. O mercado de muares valoriza o andamento macio, cabeça bem definida, pescoço cumprido e olho saltado. A orelha é o cartão de visita da mula, quanto mais bem feita, melhor.

A paixão do muladeiro por cavalgadas e andamento também aquece o mercado. A procura por mulas de patrão nos últimos 15 anos impulsionou o mercado de traias, equipamentos usados para enfeitar o animal.

Algumas traias são tão nobres e valiosas que podem ser vendidas por até R$ 20 mil. Alexandre Vannucchi vende para o Brasil todo. Ele diz que quanto mais rara, mais cara a peça. Uma argola cipó usada em selas, por exemplo, custa em média 600 reais.

O colecionador Álvaro Augusto Antunes diz que quando o papo é aumentar a coleção de traia, olhar o preço nem é tão importante. Para ele, as traias são motivo de orgulho e ostentação.

São tantos arreios, selas e chapas de alpaca que o Álvaro não faz ideia do tamanho do acervo. Tudo fica guardado no Casarão de Brigadeiro Tobias, recanto do tropeirismo na região de Sorocaba (SP).



(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 4/3/2018)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Ouça a Rádio Votorantim