THAYNA SCHUQUEL
Na ação, as entidades pedem que o movimento grevista libere a circulação de caminhões que transportem produtos para setores da saúde
RAUL SPINASSÉ/ESTADÃO CONTEÚDO
Na peça, as entidades pedem que o movimento grevista libere a circulação de caminhões, que transportem produtos para estabelecimentos de saúde, em todo território nacional. Serão notificados a União e todas as entidades representativas dos caminhoneiros.
“Queremos garantir que a União faça cumprir a liminar que certamente obteremos e que as lideranças sejam também notificadas para cumprimento imediato sob risco de multas diárias”, informou o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.
Segundo Yussif Ali Mere Jr, a federação quer garantir o direito o direito constitucional do cidadão à saúde e ao atendimento médico-hospitalar. “O movimento grevista que impede o direito de ir e vir do transporte de produtos para estabelecimentos de saúde está afrontando a Constituição Federal e vamos cobrar por isso”, alertou o presidente.
Hospitais em alerta
Apuração da federação e do sindicato indica que hospitais e serviços de saúde de todo estado estão em estado de alerta por conta do desabastecimento geral. E já estão ocorrendo reduções de atendimento médico-hospitalar.
Segundo o médico Yussif Ali Mere Jr, a situação dos hospitais está no limite. ”Caso a greve persista no fim de semana será o caos. A maioria dos hospitais precisa repor oxigênio entre segunda-feira e terça-feira, pois as reposições ocorrem semanalmente salvo exceções”, alertou o presidente.
Também insumos hospitalares e alimentos estão em falta. Os serviços de saúde trabalham com estoques e na área de alimentos, os nutricionistas estão mudando o cardápio ou procurando novos fornecedores para manter as refeições.
Cirurgias canceladas
Na região de São José dos Campos, por exemplo, o abastecimento de oxigênio foi realizado na terça-feira desta semana e os estoques dos tanques ainda possuem 70% de oxigênio.
No Grupo Policlin, em São José dos Campos, houve o cancelamento de 3 cirurgias esta semana devido a atraso de material. Enquanto no Hospital Samaritano de Sorocaba todo atendimento eletivo foi cancelado, mantendo-se apenas atendimento de emergência. Já no Hospital Santo Antônio, de Votorantim, cirurgias eletivas de segunda-feira foram canceladas.
Na região de São José do Rio Preto, os estoques ainda duram este fim de semana com exceção do Hospital do Coração que poderá cancelar cirurgia por falta de oxigênio na sala específica de cirurgia cardíaca.
Em São Paulo, o Hospital Premier, de cuidados paliativos, só possui oxigênio somente até terça-feira. Estão com estoques de medicamentos no limite. Se entregas de insumos e oxigênio não acontecerem até segunda-feira, a situação será de guerra segundo o diretor.
Serviços de home cares, que dependem de oxigênio, antibióticos e medicamentos de alta complexidade mudaram a rotina. Enfermeiros que faziam visitas duas a três vezes por semana aos pacientes estão em plantão na sede, pois não há combustível para visitas.
Em Santos, a empresa de home care Saúde Care estão com falta de medicamentos e não conseguem fazer entrega dos mesmos nas residências dos pacientes por falta de combustível. (Com informações da FEHOESP)

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