Daniela Jacinto
O estoque da vacina meningocócica C em Sorocaba está abaixo da necessidade do município. A Sala Central de Vacinas possui um estoque de 1.220 doses, no entanto o consumo médio mensal é de 3.620 doses, podendo haver variações dependendo do mês. Conforme a Prefeitura, ainda existem doses nas 32 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mas não foi informado quanto.
De acordo com o órgão municipal, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Geral do Programa de Imunizações, emitiu uma nota informativa avisando que o envio da vacina está reduzido e haverá um estoque estratégico para atendimento a demandas emergenciais.
A Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, informou ter solicitado 4.160 doses e não foram recebidas novas doses, que deveriam ter chegado ontem. "Havendo redução na oferta do insumo, as 32 UBSs serão orientadas a elaborar uma lista de espera. Assim que ocorrer a regularização do fornecimento, haverá um trabalho de busca ativa dos pacientes para garantir a imunização", informou o órgão por meio de nota.
O público-alvo são crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos. Neste ano, até terça-feira (19), ocorreram dois casos confirmados de doença pelo meningococo, sendo um caso por meningococo C e outro não sorotipado. Em 2017, ocorreram seis casos de doença relacionada ao meningococo (meningite ou septicemia), sendo que em apenas dois casos ocorreu a identificação do sorotipo (1 caso de meningococo C e meningococo B).
Votorantim
A Secretaria da Saúde (Sesa) de Votorantim recebeu apenas 100 doses do total de 500 solicitadas ao programa, ou seja, apenas 20% da demanda necessária para a cidade. A diretora da Vigilância Epidemiológica, Nila Puglia, destaca que a Secretaria reforçou o pedido de novas remessas junto ao GVE e também junto ao Ministério e explica que as 100 doses que chegaram na última sexta-feira (15) foram distribuídas igualitariamente para as 15 UBSs da cidade. Votorantim não registrou até o momento nenhum caso de meningite, assim como não houve no ano passado.
Há meningites bacterianas e virais
As meningites bacterianas devem ser tratadas imediatamente. Em pouco tempo, os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de septicemia aumenta muito. Nos bebês, a moleira fica elevada.
Já as virais são mais fáceis de tratar. Para esse tipo não existe vacina. A conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses.
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