sábado, 21 de julho de 2018

Saúde em Sorocaba confirma um óbito por febre maculosa

Jornal Cruzeiro do Sul
 César Santana


Uma pessoa morreu em Sorocaba neste ano vítima de febre maculosa, doença que já levou a óbito nove entre 10 pessoas diagnosticadas neste ano em Americana, na região de Campinas. A vítima, um homem de 77 anos, contraiu a doença em Jumirim, também na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) e faleceu no último dia 16 de junho. Outros 13 casos suspeitos foram descartados e um está sob investigação, também importado. Em Votorantim, entre janeiro e junho de 2018, apenas dois casos suspeitos foram notificados, mas ambos descartados.

A febre maculosa é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma sp, que são conhecidos popularmente como "carrapato estrela". O ácaro pode parasitar o homem e, quando infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitir a doença. Alguns animais servem de hospedeiros para os carrapatos, e podem estar envolvidos no ciclo da doença, principalmente quando convivem próximos ao homem. É o caso da capivara, que passou a ser frequentemente vista em algumas regiões de Sorocaba e Votorantim, especialmente próximo às margens de rios.

De acordo com a Divisão de Zoonoses da Prefeitura de Sorocaba, embora não tenham sido identificados casos autóctones da febre maculosa, houve um levantamento das áreas onde há a presença do carrapato estrela na cidade e, consequentemente, o maior risco de possível transmissão da doença. Esses locais foram sinalizados com placas educativas, que alertam inclusive para os sintomas da febre. Há ainda a recomendação para que, em caso da presença desses sintomas, um médico seja procurado imediatamente. A Zoonoses atende ainda a reclamações de presença de carrapatos para coleta de aonde há a presençamostras e identificação da espécie para posterior orientação.

Ainda conforme a Prefeitura, todas as unidades de saúde de Sorocaba têm notificado e investigado casos suspeitos de febre maculosa, mas há orientações para que a população evite a exposição a situações que possam resultar numa contaminação, como evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos. Quando não for possível, a recomendação é para que o corpo seja vistoriado em intervalos mínimos de duas horas em busca de carrapatos, além de utilizar barreiras físicas como calças compridas com a parte inferior por dentro das meias e roupas claras que facilitam a visualização dos ácaros.


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