Jornal Cruzeiro do Sul
César Santana
Uma pessoa morreu em Sorocaba neste ano vítima de febre maculosa, doença que já levou a óbito nove entre 10 pessoas diagnosticadas neste ano em Americana, na região de Campinas. A vítima, um homem de 77 anos, contraiu a doença em Jumirim, também na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) e faleceu no último dia 16 de junho. Outros 13 casos suspeitos foram descartados e um está sob investigação, também importado. Em Votorantim, entre janeiro e junho de 2018, apenas dois casos suspeitos foram notificados, mas ambos descartados.
A febre maculosa é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma sp, que são conhecidos popularmente como "carrapato estrela". O ácaro pode parasitar o homem e, quando infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitir a doença. Alguns animais servem de hospedeiros para os carrapatos, e podem estar envolvidos no ciclo da doença, principalmente quando convivem próximos ao homem. É o caso da capivara, que passou a ser frequentemente vista em algumas regiões de Sorocaba e Votorantim, especialmente próximo às margens de rios.
De acordo com a Divisão de Zoonoses da Prefeitura de Sorocaba, embora não tenham sido identificados casos autóctones da febre maculosa, houve um levantamento das áreas onde há a presença do carrapato estrela na cidade e, consequentemente, o maior risco de possível transmissão da doença. Esses locais foram sinalizados com placas educativas, que alertam inclusive para os sintomas da febre. Há ainda a recomendação para que, em caso da presença desses sintomas, um médico seja procurado imediatamente. A Zoonoses atende ainda a reclamações de presença de carrapatos para coleta de aonde há a presençamostras e identificação da espécie para posterior orientação.
Ainda conforme a Prefeitura, todas as unidades de saúde de Sorocaba têm notificado e investigado casos suspeitos de febre maculosa, mas há orientações para que a população evite a exposição a situações que possam resultar numa contaminação, como evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos. Quando não for possível, a recomendação é para que o corpo seja vistoriado em intervalos mínimos de duas horas em busca de carrapatos, além de utilizar barreiras físicas como calças compridas com a parte inferior por dentro das meias e roupas claras que facilitam a visualização dos ácaros.
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