quinta-feira, 19 de julho de 2018

Série B - A prioridade é o setor ofensivo

Jornal Cruzeiro do Sul

O técnico Marquinhos Santos assumiu o São Bento no momento mais complicado da temporada -- com cinco jogos sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro -- e terá, nas palavras dele, de "trocar os pneus com o carro em movimento", como disse na terça-feira (17), em entrevista ao Esporte Total, da Cruzeiro FM 92,3. Ele tem ciência de que haverá saídas e chegadas de atletas para o restante da competição. 

Algumas baixas já foram consumadas, como a dos atacantes Zé Roberto, Walterson e Everaldo, e do meia Rodolfo. Ontem, o clube anunciou três dispensas: do lateral-direito Niltinho, do zagueiro Rogério e do meia Alaor. Por outro lado, reforços devem chegar ainda nesta semana -- um deles é o atacante Roni, de 27 anos, em empréstimo pelo São Paulo. 

Segundo o treinador, a palavra da vez na equipe é reorganizar, sobretudo o setor ofensivo, o mais afetado por ora. Além das saídas, o São Bento também não pode contar com o meia-atacante Lucas Crispim, suspenso preventivamente por doping; o meia Daniel, no departamento médico por um estresse no quadril; e o atacante Franklin, que quebrou a mão direita nesta semana. 

"É preciso reestruturar o setor ofensivo. Isso é com treinamento, jogadas programadas. Pelo pouco tempo de trabalho, com todas essas perdas, temos um trabalho árduo pela frente. Mas não tenho receio, vamos conseguir encaixar uma nova frente", afirmou. 

Para Marquinhos Santos, o desafio de assumir o São Bento é um dos mais importantes de sua carreira até agora. Durante o bate-papo com os apresentadores Nilson Duarte e Rodrigo Gasparini, ele comparou a empreitada atual à que teve de encarar em 2015, quando esteve à frente do Coritiba. 

"Naquele ano, era uma situação em que o clube estava praticamente rebaixado. Quando assumi, o time estava em 20º, a 13 pontos da primeira equipe fora da zona de rebaixamento. Era preciso ganhar praticamente todos os jogos em casa. Com mudança de postura e metodologia de trabalho, conseguimos evitar a queda e até beliscamos uma vaga à Copa Sul-Americana." 

O técnico enxerga no Azulão um fator semelhante ao do Coritiba de três anos atrás: a dificuldade em vencer como mandante. "Estudamos o histórico do São Bento nos últimos anos e tem sido difícil para a equipe jogar em casa e propor o jogo. Então, queremos construir essa nova filosofia, buscar uma identidade, um futebol moderno, compatível ao que vem sendo praticado por outros clubes do cenário nacional, como Corinthians, Grêmio, Cruzeiro e Atlético Paranaense", projetou. 

Por último, na entrevista, Marquinhos Santos elogiou a torcida beneditina e a atmosfera no estádio, lembrando de um jogo específico. "Foi um Santos e São Bento em 2006, no retorno do Vanderlei Luxemburgo, voltando do Real Madrid. Tive o privilégio de estar aqui naquele jogo. Estava em Votorantim na Copa Brasil e pude estar no estádio. Eu lembro a festa que a torcida do São Bento fez." 
Empate do Brasil em GO mantém Azulão fora do Z4 

O São Bento esteve perto de entrar pela primeira vez na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro, na abertura da 16ª rodada da Série B, na noite de terça-feira. Para que isso ocorresse, seria preciso que o Brasil de Pelotas vencesse o Vila Nova, no Serra Dourada. O time do Sul, no entanto, ficou apenas no empate em 0 a 0 com os goianos e manteve-se na 18ª posição, com 15 pontos. Assim, o Azulão segue em 16º, com 17 pontos. 

Nos dois outros jogos realizados na terça-feira, Avaí e Atlético-GO também empataram sem gols, na Ressacada, em Florianópolis; e o Figueirense derrotou o Guarani por 3 a 2, em pleno Brinco de Ouro da Princesa. O São Bento joga no sábado, às 16h30, contra o Coritiba, no Couto Pereira.

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