Entre junho e julho, foram realizadas mais de 500 coletas de sangue em cães de diversos bairros da cidade. Amostras foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Centro de Controle de Zoonoses de Votorantim (SP) confirmou, nesta sexta-feira (27), dois casos de leishmaniose visceral canina em animais da cidade.
Ao todo, foram realizadas mais de 500 coletas de sangue em cães de diversos bairros da cidade, entre junho e julho deste ano. As amostras foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Com o fim da etapa de coleta de sangue, estão programados mais dois trabalhos em outubro e novembro. Durante as ações, a equipe da Zoonoses realiza um levantamento histórico do cachorro e orienta o proprietário sobre a doença, além das formas de prevenção, como a utilização da coleira repelente do inseto.
Além disso, a Zoonoses realiza um trabalho de orientação e fiscalização de terrenos baldios, inclusive multando os proprietários que não limpam os imóveis, já que o mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados.
De janeiro a julho deste ano, foram notificados oito casos de leishmaniose.
Transmissão
A leishmaniose visceral é uma doença causada por um parasita denominado Leishmania chagasi e transmitida pelo mosquito palha. O cão doméstico é a principal fonte de infecção, podendo ficar anos sem apresentar os sintomas clínicos.
A fêmea do mosquito palha se infecta ao picar um cão contaminado e passa a transmiti-lo para outros cães e humanos nas próximas picadas.
Os sintomas nos cães são emagrecimento, vômitos, fraqueza, queda de pelos, crescimento das unhas, feridas no focinho, orelha e patas.
Já em humanos são febre prolongada, emagrecimento, crescimento do baço, fraqueza e, em casos graves, até sangramentos.
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