Esdras Felipe Pereira
Pais e mães de alunos acamparam em frente à Prefeitura - DIVULGAÇÃO / APAJUSVO
Pessoas ligadas à Associação de Pais e Amigos dos Judocas de Votorantim (Apajusvo) fizeram uma vigília para reclamar de um chamamento público aberto pela Prefeitura para a contratação de uma organização social (OS) para gerir o Projeto Judô. Uma das críticas é de que o município teria alegado que a entidade estaria "irregular", sem detalhar as supostas irregularidades, o que a impediria de participar do processo licitatório. "Não apontam o que está errado. Mostramos estatutos, documentos, atas", alega a presidente da Apajusvo, Rozana Suane Abreu. O chamamento público, no entanto, foi suspenso pelo Executivo e uma reunião será realizada hoje pela manhã para discutir o assunto.
Segundo Rozana, voluntários, mães e pais de alunos da entidade, que atua há 21 anos na cidade, acamparam em frente à Prefeitura na madrugada de terça-feira como forma de protesto. Ela argumenta que, em governos anteriores, tinha o apoio da Prefeitura para o desenvolvimento do projeto. E, de acordo com a presidente, as dificuldades começaram a aparecer desde o ano passado. "Nós não recebemos verba diretamente. A Prefeitura paga o locatário do espaço usado para as aulas, o professor (antes eram dois, agora um) e os custos com transporte. O município apresentou uma planilha dizendo que gastou R$ 113 mil no ano passado e que seria reduzido para R$ 84 mil com esse chamamento público", afirma.
Ela aponta que, atualmente, são 400 alunos ativos no projeto e que, com o valor previsto no chamamento público, seria praticamente impossível arcar com toda a estrutura. Rozana também reclama que a atitude da Prefeitura em abrir o chamamento público vai contra um acordo firmado numa reunião em 4 de maio, em que ficava decidida a manutenção da parceria entre a Apajusvo e a Prefeitura, com direito a apoio em competições fora da cidade, alimentação e inscrições para atletas e cursos.
Há, inclusive, um documento reconhecido em cartório que garantiria o acordo, com as assinaturas do prefeito, Fernando de Oliveira Souza (DEM); do secretário de Desporto, Luciano Silva; do vereador José Antônio de Oliveira, o Gaguinho (DEM); além de Rozana. "Queremos que seja cumprido o acordo que foi feito. A gente não trabalha para a Prefeitura, somos voluntários para a cidade", declara Rozana.
Questionada, a Prefeitura de Votorantim informa que, desde o ano passado, deu início ao processo de regularização de todos os convênios praticados entre entidades e o poder público municipal. E alega que o chamamento público "atende a necessidade da manutenção do incentivo e do apoio ao desenvolvimento da modalidade esportiva já realizados no município". O município, porém, não respondeu quais seriam as irregularidades da Apajusvo.


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