quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Corte de gastos afeta atendimento em unidade de saúde de Mairinque

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Médicos que trabalham no pronto atendimento confirmaram que estão há pelo menos dois meses sem receber o pagamento.

Instituto que administra o local diz que os repasses da prefeitura não estão sendo feitos como deveriam — Foto: Reprodução/TV TEM


Prefeituras da região de Sorocaba (SP) estão cortando gastos para não serem punidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e evitarem contas no vermelho. Em Mairinque, os cortes estão refletindo no atendimento de urgência e emergência do pronto atendimento da cidade.

Um vídeo gravado por uma acompanhante mostra crianças e idosos aguardando atendimento há horas, como Érica de Góes, que chegou ao local com muita dor e enjoo. Ela conta que a demora no atendimento está acontecendo porque os médicos estão sem receber os salários.

A equipe da TV TEM conversou com alguns profissionais que trabalham no pronto atendimento e eles confirmaram que estão há pelo menos dois meses sem pagamento. O salário de um dos médicos não é depositado desde junho.

O instituto que administra o pronto atendimento municipal diz que os repasses da prefeitura não estão sendo feitos como deveriam. Por isso os salários estão atrasados.

Além do atendimento prejudicado, os pacientes reclamam da falta de remédios e produtos, como os que Isaías, de 72 anos, precisa.

"Aqui falta remédio, tem alguns remédios que a gente está comprando. A dieta dele a gente também comprou. Compramos fraldas que o hospital não tem e o sabonete líquido para dar banho", conta a acompanhante do paciente.


A Prefeitura de Mairinque disse que a arrecadação diminuiu drasticamente e que está fazendo pagamentos parciais à empresa prestadora de serviço do pronto atendimento por causa da queda na arrecadação, mas afirmou que o atendimento de emergência está sendo feito.

A administração informou ainda que os serviços só podem ser suspensos se esse atraso continuar por 90 dias e que está tomando todas as medidas para que o atendimento seja normalizado.

Queda na arrecadação
Mairinque não é a única cidade da região com problemas por causa da queda na arrecadação. Em Votorantim, a prefeitura adotou várias medidas e garante que vai economizar R$ 2 milhões até dezembro. O expediente agora começa mais tarde, às 12h15, e os funcionários estão proibidos de fazer hora extra.

Na cidade de Araçariguama, 30% dos cargos comissionados foram reduzidos. O serviço de transporte na saúde é utilizado somente em casos de urgência e emergência. Também teve contenção no consumo de energia elétrica e água. Além disso, o horário de expediente está mais curto.

Em Sorocaba, a prefeitura suspendeu as horas extras sem autorização. Além disso, foi feita a suspensão e a renegociação de aluguéis de prédios. O gasto com água e luz também foi reduzido.

Para equilibrar as contas em Itu foi feita a revisão de contratos e o corte de cargos comissionados. As horas extras também estão sendo supervisionadas, mas o atendimento aos moradores continua normal, diferente do que está acontecendo em Mairinque.

Assista: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2018/09/18/corte-de-gastos-afeta-atendimento-em-unidade-de-saude-de-mairinque.ghtml

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