José Antônio de Oliveira (DEM), conhecido como Gaguinho, está sendo investigado pela Comissão de Ética da Câmara de Votorantim. Ministério Público também acompanha o caso.
Comissão Ética da Câmara pediu um exame grafotécnico em uma das notas — Foto: Reprodução/TV TEM
O resultado de um exame grafotécnico, que analisa a grafia das pessoas, aponta que o vereador José Antônio de Oliveira (DEM), conhecido como Gaguinho, suspeito de usar o carro oficial da Câmara de Votorantim (SP) para levar moradores para consultas médicas em São Paulo e outras cidades da região, não assinou uma das notas que autorizavam o uso do veículo.
Gaguinho foi denunciado porque teria usado o veículo oficial para transportar pacientes e até fazer viagens particulares.
A Comissão de Ética da Câmara, que está investigando o parlamentar, pediu um exame grafotécnico em uma nota fiscal que supostamente teria sido assinada pelo vereador. Outras 40 assinaturas ainda estão sendo analisadas.
No laudo, o perito garante que a assinatura na nota que autorizava o uso do veículo não teria sido feita pelo vereador e nem por um dos ex-assessores dele. Para o exame foram usados documentos originais dos dois e também a assinatura deles.
O Presidente da Camissão determinou o prazo de 15 dias corridos, a contar do dia 17 de setembro, para que o relator do caso entregue o relatório com suas conclusões. Após isso as decisões serão deliberadas. O Ministério Público também está acompanhando o caso.
Em seu perfil no Facebook, o vereador fez uma postagem com as fotos do laudo. A Comissão de Ética e Docoro continua apurando os fatos.
Denúncia
Gaguinho é investigado por utilizar o veículo para levar moradores a consultas médicas na capital e em outras cidades do Estado. Imagens obtidas pela TV TEM mostram o veículo oficial sendo usado para deixar uma cesta básica e com uma cadeira de rodas no porta-malas.
O esquema foi denunciado pelos ex-assessores do vereador, que foram exonerados no fim de maio. Gaguinho diz que só se deu conta da irregularidade quando recebeu uma nota de refeição no valor de R$ 118 de uma das viagens, mas um dos funcionários confirmou que tudo era autorizado pelo político.
Segundo o registro da Câmara, o parlamentar chegou a rodar 42.276 km, distância mais do que necessária para dar uma volta ao mundo, cerca de 40 mil quilômetros percorrendo a linha do Equador.
O parlamentar alegou que desconhecia as viagens, entretanto, áudios divulgados pela TV TEM mostram que Gaguinho tinha conhecimento dos pedidos feitos ao seu gabinete.

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