sábado, 13 de outubro de 2018

Modas de viola e causos são atração no Sesi

Jornal Cruzeiro do Sul
A companhia “Os Manducas de Fiúza” é formada por Zé Bocca e Maurício Toco. Crédito da foto: Divulgação

“Os Manducas de Fiúza” se apresentam com participação especial do violeiro Paulo Freire

Modas de viola, causos e anedotas do universo caipira serão apresentados hoje pelo duo “Os Manducas de Fiúza”, no teatro do Sesi Sorocaba, com participação especial do violeiro, escritor e pesquisador Paulo Freire. O roteiro é baseado no show “Os manducas em prosa e verso”, contemplado no edital da Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba (Linc) de 2017 e que, no início deste ano, realizou uma série de 11 apresentações em escolas da rede estadual que oferecem a modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA).

A companhia “Os Manducas de Fiúza” é formada pelo ator e contador de história Zé Bocca e o professor e músico Maurício Toco e o espetáculo, segundo eles, visa reavivar a cultura tradicional popular da região. Além disso, a montagem homenageia grandes nomes da música caipira como o folclorista Cornélio Pires e músicas de expoentes do gênero como Teddy Vieira, Jacó e Jacozinho, Alvarenga e Ranchinho, Jararaca e Ratinho e o sorocabano Nhô Juca, como era conhecido o apresentador de rádio, ator e humorista sorocabano José Rodrigues da Silva, morto em 1981.

Solos
Reconhecido como um dos mais importantes divulgadores da viola brasileira, Paulo Freire também é escritor, com sete livros publicados e 14 CDs e lançados. Paulo Freire também foi curador da exposição “Ocupação Inezita Barroso”, que ficou em cartaz entre setembro e novembro de 2017 no Itaú Cultural. “Para a gente é uma honra enorme dividir o palco com o Paulo Freire, que é um ícone do folclore e do universo caipira”, comenta Bocca.

No show, além de parte do roteiro original, o espetáculo abrirá espaço para números solos de Freire. “Também teremos algumas surpresas”, acrescenta o ator. O duo Manducas de Fiúza — combinação de duas expressões pinçadas de um dicionário caipira do folclorista Waldemar Iglesias que significa algo como “sujeitos de confiança” — nasceu em 2010, a convite do então secretário de Cultura de Votorantim, Clayton Leme, para integrar a programação do Espaço da Cultura Caipira na Festa Junina Beneficente da cidade.


Desde então, ambos os integrantes passaram a desenvolver pesquisa contínua sobre repertório e narrativas orais de causos, especialmente do interior de São Paulo e sul de Minas Gerais. Segundo eles, desde o início, a proposta da companhia é justamente promover o “reavivamento” da cultura caipira. “É como aquela fogueira que, quando você vê de cima, só tem cinzas, mas no fundo ainda tem uma brasinha, então se você assoprar ela reacende”, diz.

Serviço
“Manducas de Fiúza convidam Paulo Freire”
Hoje, às 20h
Teatro do Sesi (rua Gustavo Teixeira, s/n, Alto da Boa Vista)
Entrada gratuita — os ingressos serão distribuídos no local com uma hora de antecedência


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