Presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Votorantim, o vereador Adeilton dos Santos (PPS), o Ita, reafirmou, na sessão desta terça-feira (2), que vai defender, no mínimo, a suspensão do mandato do colega de Legislativo, José Antônio de Oliveira (DEM), o Gaguinho, investigado pelos usos indevidos de verba pública e do carro oficial.
Ita fez questão de se posicionar novamente sobre o caso depois que o relator do processo, o vereador Alison Pereira de Camargo (MDB), o Lilo, tentou pedir a prorrogação da reunião que está agendada para esta quarta-feira (3), às 10h, na Câmara, alegando que o relatório ainda não foi concluído.
Além disso, durante a mesma sessão, o presidente do Legislativo, Bruno Martins (sem partido), afirmou, de forma bem clara, ser a favor de uma punição branda, como advertência, por exemplo. "Se tiver vereador pensando em cassar o Gaguinho, isso é um absurdo", dispara.
Totalmente contrário às opiniões de Lilo e de Bruno Martins, Ita manteve a reunião para a manhã desta quarta. Também voltou a dizer que vai defender a suspensão temporária do mandato de Gaguinho, de 15 a 60 dias, uma vez que foram comprovadas as acusações, com a suspensão dos salários pelo mesmo período e a devolução do dinheiro. A punição, acrescenta o presidente da Comissão de Ética, consta no Regimento Interno da Câmara. "O que estamos fazendo é, simplesmente, agir de acordo com o que manda a lei", diz.
Entenda o caso
Gaguinho é investigado por utilizar o veículo oficial para levar pacientes a clínicas e hospitais da região e da Capital. Além disso, fez viagens particulares a cidades como Santo Antônio da Platina e Itaporanga.
Entre 2017 e 2018, o parlamentar investigado apresentou 48 notas fiscais de reembolso de refeições que totalizam R$ 5.207,80. A perícia comprovou que apenas em uma delas – valor de R$ 195 – a assinatura não é de Gaguinho. "Isso não pode e não vai acabar em pizza se depender de mim", conclui Ita.
Fonte: Assessoria vereador Ita
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