A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, formada para investigar o uso indevido do carro oficial e de verba pública por parte do vereador José Antônio de Oliveira (DEM), o Gaguinho, rejeitou o relatório apresentado por Alison Pereira de Camargo (MDB), o Pastor Lilo.
Cinco dos seis presentes na reunião realizada na manhã desta segunda-feira (5) votaram contra as punições propostas no documento, que eram as seguintes: suspensão das Comissões de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, Defesa dos Direitos dos Animais, Ética e Decoro Parlamentar, Pessoa Idosa e dos Direitos da Criança e do Adolescente; suspensão da Mesa Diretora – Gaguinho é o atual vice-presidente; suspensão do uso do veículo oficial por 60 dias e advertência por escrito, sinalizando que se houver reincidência poderá ocasionar em suspensão do mandato.
Com o relatório reprovado, Pastor Lilo deixou de ser o relator do caso que, agora, passa ao Pastor Dr. Luiz Carlos (PSL). O novo relator terá 30 dias para elaborar o documento e apresentar à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Justificativas de Lilo
Antes de apresentar o relatório, Pastor Lilo disse que procurou ser o mais justo possível. Classificou Gaguinho como uma "pessoa do bem e com o comportamento diferente" que, no primeiro mandato, cometeu erros com a intenção de acertar. O vereador do MDB disse ainda que faltou orientação ao acusado e que as denúncias só começaram a aparecer depois que ele sinalizou que iria exonerar os assessores parlamentares.
Contra-ataque dos demais
O presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Adeilton dos Santos (PPS), o Ita, foi o primeiro a deixar claro que votaria contra o relatório, pois estudou o Regimento Interno e não encontrou uma das punições sugeridas – a suspensão do carro oficial. "Com todo respeito ao Gaguinho, mas eu nunca o vi em nenhuma Comissão", acrescenta.
Fabíola Alves (PSDB), José Cláudio Pereira (PT), o Zelão, Mauro dos Materiais (PTB) e Pastor Dr. Luiz Carlos também se manifestaram contra o relatório apresentado por Pastor Lilo. "Não estamos julgando o caráter do Gaguinho, pois sabemos que ele é uma pessoa do bem", afirma Zelão. "Nossa decisão tem de observar o Regimento Interno desta Casa de Leis."
Pastor Lilo novamente propôs uma acareação entre o vereador acusado e os ex-assessores parlamentares, o que também foi rejeitado pela maioria da Comissão. Assim, novo encontro ficou previamente agendado para 5 de dezembro, em horário e local a serem definidos, desta vez com o relatório a ser elaborado pelo Pastor Dr. Luiz Carlos.
Entenda o caso
Gaguinho é investigado por utilizar o veículo oficial para levar pacientes a clínicas e hospitais da região e da Capital. Além disso, fez viagens particulares a cidades como Santo Antônio da Platina e Itaporanga.
Entre 2017 e 2018, o parlamentar apresentou 48 notas fiscais de reembolso de refeições que totalizam R$ 5.207,80. A perícia comprovou que em apenas uma delas – valor de R$ 195 – a assinatura não é dele.
Assessoria vereador Ita
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