Mais de 50 cruzes pretas com nomes de mulheres assassinadas recentemente, como a vereadora Marielle Franco, foram fixadas em vários pontos da cidade.
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No Dia da Mulher, Sorocaba amanhece de 'luto' pelas vítimas de feminicídio — Foto: Divulgação
Sorocaba (SP) amanheceu de "luto" nesta sexta-feira (8), quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, pelas milhares de vítimas de feminicídio no Brasil inteiro. Mais de 50 cruzes pretas com nomes de mulheres assassinadas recentemente foram fixadas em vários pontos da cidade.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal das Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgenêros (LGBT), Luciana Leme, a ação teve início às 5h e contou com a ajuda de cerca de 30 mulheres.
São vereadoras, coletivos feministas, de professores e faculdades, associações e movimentos estudantis, além da União de Negros e Negras Pela Igualdade (Unegro), da Comissão da Mulher da OAB Sorocaba, do Conselho Municipal da Mulher e do Conselho LGBT.
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Cruzes foram colocadas em pontos de grande acesso de pessoas — Foto: Maria Castelli/Arquivo pessoal

No Dia das Mulheres, manifestantes fixam cruzes em diversos pontos de Sorocaba
As cruzes foram colocadas em pontos de grande acesso de pessoas, como a Praça Kasato Maru, a Praça Lions, o Paço Municipal, a entrada da cidade, a Avenida Dom Aguirre, em frente à Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Norte e nos terminais Santo Antônio e São Paulo.
Entre as vítimas se destacam os nomes da vereadora Marielle Franco, morta a tiros dentro de um carro no Rio de Janeiro; de Juliana Jovino, encontrada morta na represa de Itupararanga, em Votorantim (SP); e da mulher transexual Samira Moreno, assassinada a facadas durante uma discussão de bar em Sorocaba.
"O intuito é chamar a atenção de tantas mulheres como nós morrendo por serem mulheres. Não queremos parabéns, queremos respeito, queremos direito, andar tranquilas no transporte de Sorocaba. Não existe flores, existe luta, sangue e suor", explica Luciana.
As ações continuam durante a tarde com uma grande marcha em defesa das vidas e direitos das mulheres. O grupo ficará de mãos dadas na Praça Coronel Fernando Prestes, a partir das 16h.
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Ação teve início às 5h e contou com a ajuda de cerca de 30 mulheres — Foto: Divulgação
Uma morte a cada duas horas
Um levantamento feito pelo G1 com base em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal mostra que o Brasil teve uma ligeira redução no número de mulheres assassinadas em 2018. Mas, ainda assim, os registros de feminicídio cresceram em um ano.
São 4.254 homicídios dolosos de mulheres, uma redução de 6,7% em relação a 2017, quando foram registrados 4.558 assassinatos – a queda é menor, porém, que a registrada se forem contabilizados também os homens.
Houve ainda um aumento no número de registros de feminicídio, ou seja, de casos em que mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Foram 1.135 no ano passado, ante 1.047 em 2017. Uma mulher é morta a cada duas horas no país.
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Grande marcha em defesa das vidas e direitos das mulheres será realizada às 16h — Foto: Divulgação
Em Sorocaba, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) foi a primeira do interior do Estado de São Paulo a funcionar 24 horas por dia. Em um mês funcionando no novo esquema de plantão, a delegacia teve um aumento de 30% nos registros de boletins de ocorrência.
Além disso, o "Botão do Pânico" completou um ano em fevereirotendo sido acionado mais de 60 vezes e cadastrado quase 300 mulheres. O aplicativo funciona como botão por meio do qual as mulheres denunciam o descumprimento de medidas protetivas, que proíbem o agressor de se aproximar da
Por mês, são emitidas cerca de 40 medidas protetivas a mulheres vítimas de violência doméstica em
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Em um ano, os registros de feminicídio cresceram no Brasil — Foto: Divulgação
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