Talita Galero Barbosa, 31 anos, de Votorantim (SP), é voluntária em um projeto que alfabetiza mais de 80 crianças no Moçambique. Desastre deixou rastro de destruição em Beira.
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Missionária trabalha em Moçambique em projeto com namorado — Foto: Talita Galero Barbosa/Arquivo pessoal
A brasileira Talita Galero Barbosa, de 31 anos, é missionária em Moçambique, na região devastada pelo ciclone Idai, e acompanha de perto a reconstrução após a tragédia em Beira. A costa africana foi atingida pelo ciclone em 14 de março deste ano e deixou ao menos 600 mortos.
Talita conta que saiu de Votorantim (SP) em 2018 para administrar uma escola comunitária na área, ao lado do namorado, pastores e amigos em Moçambique.
No entanto, dias antes do desastre ela havia retornado para buscar recursos no Brasil e ficou sem comunicação com os conhecidos, enquanto acompanhava o número de mortos que não parava de subir.
"Foi angustiante não saber como estavam. Eles [conhecidos] ficaram dois dias sem comer porque o que tinham em casa molhou com a inundação", lembra.
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Casa em Beira ficou destelhada pela força do vento — Foto: Arquivo pessoal
A casa da família do namorado, o moçambicano Ismael José Bacar, desabou com a força do vento e todos tiveram que se abrigar no imóvel de um vizinho.
Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A missionária só conseguiu contato dias depois com o pastor da igreja em Beira e foi orientada a aguardar para voltar.
Sabendo da situação, a missionária retornou com remédio e dinheiro para kits de alimentos distribuídos para a população. A cidade enfrentou a devastação sem serviços básicos, como a distribuição de água e energia elétrica.
"Quem tinha dinheiro no banco não conseguia sacar. Quem tinha dinheiro em casa enfrentava filas fila para comprar comida. Algumas pessoas se alimentaram com cocos que caíram das árvores."
Trabalho conjunto atualmente, segundo a missionária, o cenário é bem diferente do que presenciou quando voltou. Contudo, a reconstrução com ajuda de ONGs, igrejas e de vários países pode ser vista em todos os cantos de Beira.
"Algumas escolas estão dando aulas em tendas, as pessoas estão vivendo em tendas. Vemos casas bonitas e grandes na área nobre sem telhados. Apesar do que aconteceu, as pessoas estão lutando para reconstruir."
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Estruturas destruídas ainda estão pela cidade de Beira — Foto: Arquivo pessoal
De acordo com Talita, a escola em que trabalha atende 84 crianças que frequentam aulas regularmente e saem da pré-escola alfabetizadas.
A equipe dela é formada por 11 pessoas, sendo apenas dois brasileiros voluntários, e o namorado que conheceu quando foram direcionados ao mesmo projeto.
Imagens enviadas ao G1 pela brasileira mostram as estruturas montadas para atender a população local. As fotos foram tiradas no trajeto entre a casa, que divide com outra brasileira, até a escola onde é feito o projeto com as crianças.
"Hoje eu vejo uma cidade que está caminhando muito bem pelo que passou. Todo mundo sofreu de alguma maneira, mas as pessoas estão levando suas vidas de acordo com uma nova realidade", afirma.
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Ciclone Idai atingiu Moçambique e outros dois países da África — Foto: Rodrigo Sanches/G1
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Missionária trabalha em Moçambique em projeto com namorado — Foto: Talita Galero Barbosa/Arquivo pessoal
A brasileira Talita Galero Barbosa, de 31 anos, é missionária em Moçambique, na região devastada pelo ciclone Idai, e acompanha de perto a reconstrução após a tragédia em Beira. A costa africana foi atingida pelo ciclone em 14 de março deste ano e deixou ao menos 600 mortos.
Talita conta que saiu de Votorantim (SP) em 2018 para administrar uma escola comunitária na área, ao lado do namorado, pastores e amigos em Moçambique.
No entanto, dias antes do desastre ela havia retornado para buscar recursos no Brasil e ficou sem comunicação com os conhecidos, enquanto acompanhava o número de mortos que não parava de subir.
"Foi angustiante não saber como estavam. Eles [conhecidos] ficaram dois dias sem comer porque o que tinham em casa molhou com a inundação", lembra.
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Casa em Beira ficou destelhada pela força do vento — Foto: Arquivo pessoal
A casa da família do namorado, o moçambicano Ismael José Bacar, desabou com a força do vento e todos tiveram que se abrigar no imóvel de um vizinho.
Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A missionária só conseguiu contato dias depois com o pastor da igreja em Beira e foi orientada a aguardar para voltar.
Sabendo da situação, a missionária retornou com remédio e dinheiro para kits de alimentos distribuídos para a população. A cidade enfrentou a devastação sem serviços básicos, como a distribuição de água e energia elétrica.
"Quem tinha dinheiro no banco não conseguia sacar. Quem tinha dinheiro em casa enfrentava filas fila para comprar comida. Algumas pessoas se alimentaram com cocos que caíram das árvores."
Trabalho conjunto atualmente, segundo a missionária, o cenário é bem diferente do que presenciou quando voltou. Contudo, a reconstrução com ajuda de ONGs, igrejas e de vários países pode ser vista em todos os cantos de Beira.
"Algumas escolas estão dando aulas em tendas, as pessoas estão vivendo em tendas. Vemos casas bonitas e grandes na área nobre sem telhados. Apesar do que aconteceu, as pessoas estão lutando para reconstruir."
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Estruturas destruídas ainda estão pela cidade de Beira — Foto: Arquivo pessoal
De acordo com Talita, a escola em que trabalha atende 84 crianças que frequentam aulas regularmente e saem da pré-escola alfabetizadas.
A equipe dela é formada por 11 pessoas, sendo apenas dois brasileiros voluntários, e o namorado que conheceu quando foram direcionados ao mesmo projeto.
Imagens enviadas ao G1 pela brasileira mostram as estruturas montadas para atender a população local. As fotos foram tiradas no trajeto entre a casa, que divide com outra brasileira, até a escola onde é feito o projeto com as crianças.
"Hoje eu vejo uma cidade que está caminhando muito bem pelo que passou. Todo mundo sofreu de alguma maneira, mas as pessoas estão levando suas vidas de acordo com uma nova realidade", afirma.
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Ciclone Idai atingiu Moçambique e outros dois países da África — Foto: Rodrigo Sanches/G1
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