quinta-feira, 28 de novembro de 2019

‘Carcereiros’ é destaque entre as estreias dos cinemas de Sorocaba

Jornal Cruzeiro do Sul

Também estreiam “Um dia de chuva em Nova York”, “Uma segunda chance para amar”, “Duas coroas” e “As golpistas”


“Carcereiros — o filme” é inspirado no livro homônimo de Drauzio Varella, que também deu origem à série de TV. Crédito da foto: Divulgação

Série televisiva baseada no livro homônimo de Drauzio Varella, que teve cenas rodadas na Penitenciária Feminina de Votorantim antes de sua inauguração, em março de 2017, “Carcereiros” ganha as telonas no longa-metragem “Carcereiros — o filme”, que estreia nas salas de cinema de Sorocaba nesta quinta-feira (28).
Além da trama nacional, ambientada dentro da realidade do sistema carcerário brasileiro, o cardápio de novidades conta com duas comédias românticas, “Um dia de chuva em Nova York” e “Uma segunda chance para amar” e dois dramas inspirados em histórias reais: “Duas coroas” e “As golpistas”.
Dirigido por José Eduardo Belmonte (“Alemão” e “Billi pig”), que também dirigiu as duas temporadas da série na TV, “Carcereiro — o filme” é protagonizado por Rodrigo Lombardi, que conta ter caído de paraquedas na produção.
O papel de Adriano seria de Domingos Montagner, que morreu afogado no Rio São Francisco, em setembro de 2016, durante um intervalo das gravações da novela “Velho Chico”. Chamado para substituir o colega, Lombardi nem teve tempo de preparar-se como gosta. “Terminei uma novela na sexta e na segunda já estava gravando de novo”, conta.
Quando surgiram a segunda temporada e a ideia do filme — um pouco porque os roteiristas Fernando Bonassi e Marçal Aquino, com a cumplicidade de Dennison Ramalho, estavam tentados a assumir o desafio de construir um relato com começo, meio e fim –, Lombardi já estava mais enturmado.
O que poderia ter sido negativo — entrar às pressas no projeto da série –, terminou sendo positivo. “Como não tive muito tempo para elaborar uma identidade para o Adriano, isso me permitiu transcender o que não deixa de ser a jornada de um homem comum, resistindo à tentação de transformá-lo num estereótipo de herói”.
De alguma forma, Lombardi repete o que Hector Babenco já disse em 2003, ao realizar outra adaptação de Varella: “Carandiru”. Babenco dizia que era um filme sobre a ética dos criminosos. Essa ética reaparece em “Carcereiros”, porque o plot do filme é a chegada à cadeia de um prisioneiro internacional, um terrorista responsável pela morte de crianças num atentado.
Como chefe de uma das facções da cadeia, Rômulo Braga promove seu julgamento. Condenado, o terrorista terá de ser executado, e só isso — a tentativa de impedir a execução — já renderia uma narrativa movimentada, mas tem mais.
De repente, a cadeia está sendo invadida por um comando paramilitar, e as milícias, e sua relação com o poder, têm estado mais do que nunca em discussão no País.

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