quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Corpo de empresário que desapareceu na represa é encontrado

Jornal Cruzeiro do Sul

Buscas duraram quatro dias; vítima afundou após cair do barco e ser atingido por uma hélice


O empresário e família frequentavam a marina há tempos. Crédito da foto: Acervo pessoal

*Atualizada

O corpo do empresário José Alexandre do Carmo Filho, de 40 anos, que desapareceu na represa de Itupararanga, em Votorantim, foi encontrado nesta quarta-feira (4), quatro dias após o início das buscas. A localização ocorreu com a ajuda de um sonar, usado por um mergulhador profissional contratado pela família. A vítima foi retirada da água pelas equipes do Corpo de Bombeiros, que trabalhavam no local desde o dia do acidente.


O empresário desapareceu durante um passeio de barco partindo da Marina Rasa, que fica no trecho da represa entre Votorantim e Ibiúna. A psicanalista Cíntia Croco, que é esposa dele e estava junto no momento do acidente, negou que a causa da morte tenha sido afogamento e disse que o marido caiu do barco após uma onda na água. Segundo ela, o homem foi atingido pela hélice do veículo, e, ferido, perdeu a consciência e afundou.

Cíntia relata que chegou a pular para tentar resgatar o marido e que ele chegou a nadar até ela mesmo após ser atingido, pois tinha familiaridade com a água. “Eu me aproximei, vi que ele estava sangrando e perguntei se ele havia se machucado. Ele me pediu calma, mas nesse momento ficou inconsciente e afundou”, conta. A esposa acredita que ele tenha morrido logo antes de afundar ou então desmaiado e se afogado depois.
Cíntia e o marido durante passeio de barco na represa de Itupararanga. Crédito da foto: Acervo pessoal
Hélices danificadas

Conforme Cíntia, o veículo era dirigido por um barqueiro profissional e, além dele, estavam no barco o casal e uma prima. A onda foi provocada por outro barco, cerca de 500 metros após a partida. Após a queda, ela diz que sentiu um movimento no barco, indicando que ele bateu no marido. “O piloto era experiente e desligou o motor na hora”, lembra. Depois, a família verificou que duas hélices do veículo ficaram danificadas.

De acordo com a psicanalista, rapidamente outro barco da marina parou perto deles e a retirou da água. “Eles acharam que eu que estava me afogando, mas quando viram que eu estava bem logo passaram a procurar pelo José. O pessoal pulou na água com boias, mas não o encontrou”, cita. Depois disso, o grupo acionou mergulhadores profissionais e o Corpo de Bombeiros para tentar o resgate, além de helicópteros e jet skis.
Fatalidade

A psicanalista não culpa ninguém pelo acidente com o marido. “Nós estávamos sempre na marina, o José nadava muito bem, tínhamos uma história de mais de 20 anos com barcos, que pra nós sempre foi uma opção de lazer. Além disso, a questão da onda provocada pelos barcos é normal. Foi mesmo uma fatalidade”, afirma.

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