Devido à intransigência do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região em não aceitar o acordo proposta por meio da Medida Provisória 936/20, de autoria do Governo Federal – alegam perda aos trabalhadores, se é que pode ser considerada uma perda, já que o salário por hora trabalhada será superior ao que ganham atualmente –, o Grupo São João não tem mais como manter o transporte público urbano em Votorantim, São Miguel Arcanjo e Salto de Pirapora, bem como as linhas metropolitanas que ligam Votorantim/Sorocaba, Porto Feliz/Sorocaba, Boituva/Sorocaba, Piedade/Sorocaba, São Miguel Arcanjo/Sorocaba, Araçoiaba da Serra/Sorocaba, Salto de Pirapora/Sorocaba, Piedade/Tapiraí e Pilar do Sul/Piedade.
Classificamos como absurdo este posicionamento radical do sindicato em um momento em que a economia mundial enfrenta uma grave crise causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). Como os nossos colaboradores não podem ser incluídos na MP 936/20, já que o sindicato da categoria recusa, não temos condições de arcar com toda a mão de obra parada, tendo em vista que não há receita para isso.
Nossa receita nos transportes regulares – linhas urbanas e metropolitanas – está em torno de 10% (dez por cento) da receita normal. Hoje não dá para pagar nem o diesel que utilizamos nos veículos e muito menos as demais despesas, especialmente a mão de obra – motoristas, cobradores, agentes de bordo, equipe de manutenção, limpeza e administrativo pessoal – que representa o maior custo disparado do sistema de transporte. Além disso, há as despesas com fornecedores em geral, bancos, prestadores de serviços, entre outros.
Infelizmente a administração pública estadual e municipal, apesar de estarem cientes das nossas dificuldades e acompanharem todo este processo, até o momento não se manifestaram no sentido de colaborar ou ao menos tentar amenizar a situação.
A empresa chegou ou já passou dos limites das suas condições para se manter ativa. Ou seja, não bastassem os vários desafios que já tínhamos, agora enfrentamos a pandemia de coronavírus.
Para finalizar, o sindicato que representa a categoria, ao invés de dar as mãos para nos ajudar a superar este momento crítico e a manter os empregos, parece querer acabar de vez com a empresa ao adotar uma postura totalmente insensível e intransigente.
Lamentamos por tudo e por todos. Estamos à beira de um colapso. Temos vivido um pesadelo esses dias. No caso do Grupo São João, são 56 anos que estão indo para o túmulo junto com mais de 970 famílias – empregados diretos – que vivem e fazem a nossa empresa ser o que é.
Assessoria de imprensa Grupo São João
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