Além da pandemia do coronavírus e de suas consequências em diferentes aspectos, 2020 se destacou pelas eleições municipais e pelos casos de feminicídio na região.
Se pedíssemos para que diferentes pessoas do mundo todo definissem 2020 em uma frase, muitas delas diriam que foi um ano "para se esquecer". Embora tenha surgido em 2019 (como o próprio nome diz), foi só neste ano que a Covid-19 ganhou dimensões globais e conquistou um espaço nas páginas dos livros de história.
Para os especialistas, em números, o cenário de destruição só se compara ao de outras grandes epidemias registradas pela humanidade ao longo dos anos, como a peste negra, a varíola, a cólera, a gripe espanhola e, mais recentemente e em menor escala, a gripe suína.
Juntas, as 21 cidades que compõem as regiões de Sorocaba (SP) e de Jundiaí (SP) contabilizaram quase 80 mil casos e mais de 1,8 mil mortes por Covid-19 em 2020. O município com o maior número de registros foi Sorocaba, com mais de 25 mil casos e 552 óbitos.
Pode ter sido alguém próximo ou não, mas certamente você conhece pelo menos uma pessoa que contraiu o novo coronavírus e acabou morrendo por complicações da doença. Por isso, antes de podermos finalmente deixar este trágico ano para trás, relembre conosco o que foi destaque no G1 Sorocaba e Jundiaí entre janeiro e dezembro.
Ano atípico
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Tubos de exame de sangue para teste de Covid-19 em Sorocaba — Foto: Cadu Rolim/Estadão Conteúdo
Primeiros casos
O carnaval deste ano parece ter acontecido há uma década, mas foi somente alguns dias antes do feriado prolongado que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que estava monitorando um
caso suspeito de coronavírus em Porto Feliz (SP), o primeiro da nossa região.
A paciente era uma criança que havia estado na China nos 14 dias anteriores e apresentou sintomas como febre e problemas respiratórios. A
suspeita foi descartada pelo Instituto Adolfo Lutz após o resultado do exame de Covid-19 ter dado negativo.
Cerca de 10 dias depois, no entanto, o Ministério da Saúde confirmou o
primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil e em toda a América Latina. Tratava-se de um homem de 61 anos que morava em São Paulo e havia viajado para a Itália.
No dia 19 de março, a Prefeitura de Jundiaí anunciou que
a cidade havia registrado os dois primeiros casos da doença. Ambos tiveram contato com uma pessoa sintomática que veio da Itália. Em Sorocaba, a
confirmação do primeiro caso de Covid-19 veio em 24 de março. O paciente era um homem de 53 anos que morava na cidade e trabalhava em São Paulo.
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Sars-CoV-2 é o vírus que causa a Covid-19 — Foto: Science Photo Library
A
primeira morte por complicações da doença em Sorocaba foi registrada no dia 28 de março. Ao G1, o neto da vítima disse que, apesar das orientações de isolamento social, o aposentado José Joaquim Magalhães, de 92 anos,
manteve uma rotina de passeios pela região central da cidade até começar a apresentar os sintomas.
Em Jundiaí,
o primeiro óbito decorrente da Covid-19 também foi de um idoso, de 72 anos, que possuía histórico de hipertensão. A morte dele foi confirmada pela prefeitura no dia 3 de abril.
A partir daí, a doença começou a se espalhar por todas as cidades da região. Em uma casa de repouso localizada em Itu (SP),
todos os 40 idosos foram infectados e nove morreram. Dos 22 funcionários que trabalhavam na unidade, nove também contraíram o coronavírus.
Em Cabreúva (SP), o Ministério Público do Trabalho (MPT) obteve uma
liminar que suspendeu as atividades do frigorífico Flamboiã após uma denúncia de que havia funcionários com Covid-19 no local. Ao todo, 156 trabalhadores testaram positivo para a doença.
A retomada dos serviços só foi autorizada pela Justiça no mês seguinte.
Reflexos em todos os setores
O rápido avanço da doença, que
o G1 acompanhou em tempo real desde o aparecimento dos primeiros casos, fez com que as prefeituras de
Sorocaba e
Jundiaí decretassem estado de calamidade pública.
Como forma de prevenir o contágio,
faculdades e escolas da região anunciaram a suspensão das aulas presenciais, enquanto estabelecimentos comerciais e outros serviços se viram obrigados a fechar as portas por tempo indeterminado, dando início a uma crise econômica na região.
Para os brasileiros que estavam em outros países, o momento foi de incerteza. Os aeroportos foram proibidos de receber voos internacionais e
os valores das passagens aéreas subiram consideravelmente. Sem ter como voltar para casa,
vários moradores da região tiveram que pedir ajuda ao governo brasileiro.
À medida em que a Covid-19 foi ganhando força, a população também perdeu o direito básico a atendimento na rede de saúde, uma vez que
os hospitais públicos e particulares passaram a registrar ocupação total de leitos de enfermaria e UTI para pacientes com Covid-19.
Houve fila de espera e, muitas vezes,
os profissionais da saúde se viram obrigados a trabalhar no limite da estrutura disponível, assim como os cemitérios e funerárias.
Logo no início da pandemia, a Prefeitura de São Roque (SP) se envolveu em uma polêmica ao
retirar respiradores do Hospital São Francisco para aumentar a capacidade de atendimento a casos suspeitos de coronavírus na Santa Casa da cidade. Quatro meses depois,
os equipamentos foram devolvidos ao hospital particular após uma determinação judicial.
No fim de maio, o governador João Doria (PSDB) anunciou a retomada gradativa das atividades econômicas no estado através do Plano São Paulo. A princípio,
as regiões de Sorocaba e Jundiaí foram classificadas na fase laranja do esquema, a segunda mais restritiva. Atualmente, após terem avançado e regredido etapas várias vezes,
ambas estão na fase amarela do plano.
Durante as classificações,
um shopping localizado entre Sorocaba e Votorantim passou por uma situação inusitada em junho. As lojas que estavam no território de Sorocaba não puderam abrir as portas, enquanto as que estavam na área de Votorantim continuaram funcionando normalmente.
Isso aconteceu depois que a Prefeitura de Sorocaba resolveu recuar para a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva. Por outro lado, Votorantim seguiu a recomendação estadual e seguiu na fase anterior da flexibilização, a laranja.
Apesar dos decretos que proibiam aglomerações e prezavam pelo isolamento social, várias festas clandestinas foram descobertas na região. Em Sorocaba, os bailes funk, que sempre foram motivo de reclamações por conta do barulho durante a madrugada,
continuaram sendo realizados normalmente durante a pandemia.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal também
interromperam um evento com mais de mil pessoas em uma chácara de Campo Limpo Paulista (SP). O dono do local foi notificado pela prefeitura e
recebeu uma multa no valor de um salário mínimo.
Vidas perdidas
Em grande parte, o desrespeito às normas de saúde foi determinante para que a lista de vidas perdidas em função do coronavírus continuasse aumentando nas regiões de Sorocaba e Jundiaí.
Entre as mortes de maior repercussão registradas durante a pandemia aparece a do
técnico de enfermagem Douglas Barbosa de Medeiros, que tinha 33 anos e atuava no combate ao coronavírus em um hospital particular de Sorocaba. A
comoção pela partida do profissional da saúde foi tão grande que, posteriormente, ele acabou
dando nome ao hospital de campanha montado na Arena Multiuso.
Em Jundiaí, a
jornalista Letícia Neworal Fava, de 28 anos, também não resistiu à doença. Após a confirmação do óbito por Covid-19,
ela foi homenageada por amigos nas redes sociais.
Ainda na cidade, a morte de um jovem de 19 anos por Covid-19 chocou os familiares. Ao G1, a mãe contou que
Paulo Henrique de Oliveira Silva fez quatro testes para descobrir se estava com a doença, mas três deles deram negativo. O resultado do último, que trouxe a confirmação, chegou quatro dias após a partida do rapaz.
2020 também foi o ano em que
Athos Silva Miranda, o Palhaço Chumbrega, esteve nos picadeiros pela última vez. O artista circense tinha 77 anos e fazia espetáculos pelo Circo Di Napoli, que estava estacionado em Campo Limpo Paulista quando ele contraiu a doença. Chumbrega era considerado um dos profissionais mais antigos do ramo no Brasil.
'Eu venci a Covid'
Por outro lado, houve quem se infectou e conseguiu lutar contra a Covid-19. No total, mais de 24 mil pessoas já se recuperaram da doença em Sorocaba e outras 16,4 mil em Jundiaí.
O exemplo mais marcante é o de
Alice Pereira Prado, a Dona Tita, de 101 anos. A idosa de Jundiaí não chegou a ficar internada e surpreendeu toda a família ao se curar da doença, tão letal entre pessoas com mais de 60 anos.
Em Sorocaba, um casal também contraiu o coronavírus e ficou quase 10 dias internado até se recuperar totalmente. Durante este período,
Cintia Cinque e William Menchini foram acompanhados de perto pela filha, que é enfermeira e trabalhava na ala de infectados de um hospital da cidade. Nicole Bataglin comemorou a recuperação dos pais com um texto de agradecimento nas redes sociais.
Após ter testado positivo para Covid-19 e ter ficado quase 40 dias sem ver os filhos, o médico intensivista Marcos Roberto Garcia de Souza, também de Sorocaba, se emocionou ao ser recebido por eles com uma
"festa" surpresa para comemorar a cura. Bexigas coloridas e bilhetes dizendo "Papai, você venceu" marcaram a homenagem.
Separados por uma tela
Além de pessoas queridas, o Sars-CoV-2 (nome científico do novo coronavírus) nos tirou muitas coisas este ano. A necessidade do isolamento social separou famílias inteiras, deu início à "era do home office" e fez surgir uma nova categoria de interação entre as pessoas: a virtual ou a distância.
Com a suspensão das visitas presenciais, os hospitais tiveram que se reinventar e
fazer chamadas de vídeo entre os pacientes internados e seus familiares. Mesmo que através de uma tela, o objetivo do trabalho de humanização era aproximar as pessoas e auxiliar no tratamento dos doentes.
Fora dos hospitais, o que se viu foi uma enxurrada de
shows em sacadas de prédios,
"charreatas" de bebê,
cerimônias de casamento pelas redes sociais,
diplomas caseiros de formatura e até
pequenas festas de aniversário com decoração inspirada na pandemia.
Além do estímulo à criatividade, se tem algo que a pandemia trouxe de positivo foi o fato de ter despertado nas pessoas a preocupação com o próximo. Foram vários os exemplos de solidariedade: desde
empresas que anunciaram doações a instituições de saúde, comerciantes e pessoas em situação de vulnerabilidade social até
moradores que, sozinhos, também fizeram a parte deles.
Já no fim do ano, a esperança de dias melhores voltou a tomar conta das pessoas com a chegada da vacina contra a Covid-19. Até esta segunda-feira (28),
mais de 40 países já começaram a imunizar a população.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma
medida provisória para comprar as vacinas, mas os imunizantes ainda precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, o governador João Doria anunciou a vacinação com a CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan,
começa no dia 25 de janeiro de 2021.
Festa da democracia (adaptada)
Em meio ao caos provocado pela pandemia, os moradores ainda tiveram que "furar o isolamento social" e ir às urnas para eleger os novos prefeitos e vereadores que irão governar as cidades nos próximos quatro anos. No entanto, a festa da democracia teve que sofrer adaptações.
Para evitar a proliferação do coronavírus, foi estipulado um horário prioritário para idosos e os eleitores foram obrigados a utilizar máscaras e levar as próprias canetas nos dois dias de votação, 15 e 29 de novembro. Mesmo assim, as regiões de Sorocaba e Jundiaí registraram altos índices de abstenção tanto no
primeiro quanto no
segundo turno.
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Votação do primeiro turno em Sorocaba — Foto: Mayara Corrêa/TV TEM
Prefeitos eleitos
O G1 acompanhou os dois dias de votação em tempo real e, em uma iniciativa inédita, publicou textos automáticos sobre
todos os 21 prefeitos eleitos na região. As reportagens foram produzidas
com apoio de um sistema de inteligência artificial e revisadas por jornalistas.
Em Jundiaí, as eleições municipais de 2020 foram decididas ainda no primeiro turno. Ao lado do vice Gustavo Martinelli (DEM), o atual prefeito da cidade, Luiz Fernando Machado (PSDB), de 42 anos,
foi reeleito com 69,64% dos votos, totalizando 134.793.
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Luiz Fernando Machado foi reeleito em Jundiaí — Foto: Divulgação
Já em Sorocaba,
Rodrigo Manga (Republicanos) e Jaqueline Coutinho (PSL) foram os mais votados no dia 15 de novembro e disputaram o segundo turno. A dois dias da votação final, os dois participaram de um
debate promovido pela TV TEM.
Por fim, no dia 29 de novembro,
Manga foi eleito com 153.228 votos, o que corresponde a 52,58% do total. O vice-prefeito será Fernando Martins da Costa Neto, conhecido como Fernando do Clube São Bento (PSD). Jaqueline Coutinho recebeu 138.201 votos, ou seja, 47,42%.
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Rodrigo Manga foi eleito prefeito de Sorocaba — Foto: Divulgação
Duas semanas após o segundo turno das eleições, Rodrigo Manga anunciou os
primeiros nomes que irão compor o seu secretariado a partir de 1º de janeiro de 2021.
No dia 17 de dezembro, o prefeito eleito de Jundiaí e o vice
foram diplomados de forma virtual. Não houve cerimônia e os diplomas ficaram disponíveis pela internet. Já o novo prefeito e o vice de Sorocaba participaram de uma
cerimônia online de diplomação na noite seguinte, 18 de dezembro.
Logo após as eleições, a atual prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho,
denunciou o ex-Polegar Rafael Ilha por postagens ofensivas nas redes sociais. Nas publicações, o artista chamou a política de "Jakretina", "safada de marca maior", "pilantra", "escrota" e "lixo". A Delegacia Seccional abriu um inquérito para investigar o caso e
já ouviu Jaqueline.
Mudanças no Legislativo
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Câmara de Sorocaba trocará nove dos 20 vereadores na próxima legislatura — Foto: Anderson Cerejo/TV TEM
Dos
19 vereadores eleitos para compor a Câmara de Jundiaí a partir de 2021,
apenas cinco serão estreantes. A maior bancada será do PL, com seis escolhidos, incluindo o candidato a vereador mais votado em 2020:
Albino, que se reelegeu com 7.345 votos.
Em Sorocaba, a
Câmara trocará nove dos
20 vereadores escolhidos para a próxima legislatura. O mais votado nas eleições municipais de 2020 foi Vitão do Cachorrão (Republicanos),
que recebeu 7.754 votos e foi reeleito na cidade.
Quase um mês após a votação, o vereador reeleito Salvador Philomeno Poli, de 85 anos,
morreu por complicações da Covid-19, em Itupeva (SP). O político foi eleito na cidade pela primeira vez em 1965 e estava em seu 11º mandato.
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Dos 19 vereadores eleitos em Jundiaí, apenas cinco serão estreantes — Foto: TV TEM/Reprodução
Casos de polícia
Feminicídios
Apesar da preocupação com a pandemia, os casos de feminicídio continuaram ganhando destaque no G1 Sorocaba e Jundiaí em 2020, a exemplo do que já vem acontecendo nos últimos anos. Só em maio, agosto e dezembro, por exemplo, três jovens transexuais foram encontradas mortas na região.
No primeiro caso, o corpo de Vick Santos, de 22 anos,
foi localizado carbonizado e com marcas de enforcamento na Estrada dos Confederados, área rural de Itu (SP), no dia 28 de maio. O pai de santo Douglas José Gonçalves e a esposa dele, Natasha Oliveira,
foram presos e confessaram o crime, cometido durante uma desavença por dívidas.
Três meses depois, a jovem Luara Redfield, de 19 anos,
que havia desaparecido ao discutir com o companheiro em Mairinque (SP),
foi encontrada morta em uma área de pasto no Jardim Vitória, no dia 22 de agosto. O namorado dela, Jonathan Richard de Lima Moreira, de 18 anos,
admitiu a culpa, mas disse à polícia que
não se lembra do motivo que o levou a brigar com a vítima.
Em dezembro, foi a vez de Rayssa Eloá Menezes, de 22 anos, desaparecer após sair de casa em Alumínio (SP) para
participar de uma entrevista de emprego em São Roque. O
corpo dela foi achado no dia 2, em uma área de mata entre Alumínio e Mairinque.
Dois suspeitos foram presos temporariamente 13 dias depois, mas a motivação do crime ainda não foi esclarecida.
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Vick, Luara e Rayssa — Foto: Arquivo pessoal
Outros três exemplos de feminicídio que repercutiram bastante ao longo do ano foram registrados em julho, setembro e dezembro, nas cidades de Alumínio, Salto (SP) e Jundiaí.
A governanta Adriana Lourenço Martins Santucci, de 49 anos, foi morta a facadas e
encontrada já sem vida em uma chácara do bairro Vale Grande, em Alumínio, no dia 28 de julho. O ex-companheiro dela, Sérgio Paulo Marreira,
foi localizado em Foz do Iguaçu (PR) e
teve a prisão preventiva decretada pela polícia. Em depoimento, ele não confessou o crime e optou por permanecer em silêncio.
Em Salto,
um homem atirou na ex-mulher e matou a vizinha e amiga dela, Ângela Muczinski, baleada, no dia 28 de setembro. Em seguida, Claudemir Pereira cometeu suicídio. Alguns dias depois, Adriana Correia, que havia sido atingida por um tiro no olho direito,
teve morte cerebral confirmada.
O terceiro caso aconteceu recentemente, no dia 6 de dezembro. Rogério Botelho foi
preso enquanto assinava os documentos de óbito da vítima em um velório de Jundiaí. Ele é suspeito de matar a companheira Juliana Ferraz do Nascimento, de 23 anos, e
tentar forjar uma morte decorrente de queda acidental.
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Adriana Lourenço, Ângela, Adriana Correia e Juliana — Foto: Arquivo pessoal
Tragédias no trânsito
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Engavetamento na Rodovia Raposo Tavares em Sorocaba — Foto: Anderson Cerejo/TV TEM
2020 também foi marcado pelas mortes decorrentes de acidentes nas estradas da região. No início do ano, o ex-prefeito de Sorocaba e idealizador do Paço Municipal,
José Theodoro Mendes, de 78 anos, morreu após se envolver em uma batida no quilômetro 84 da Raposo Tavares.
A mesma rodovia foi palco de um
engavetamento envolvendo 16 veículos em março. O acidente deixou uma van que levava funcionários para uma empresa prensada e
provocou quatro mortes. Além disso, 47 pessoas ficaram feridas.
Em julho,
uma jovem de 20 anos morreu em um capotamento em Itatiba (SP). A história ganhou repercussão depois que
um dos rapazes que estava no veículo disse que havia emprestado o carro para Yara Brendariol Graciano dirigir,
mas acabou admitindo posteriormente que era ele quem estava na direção.
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Yara Brendariol Graciano, de 20 anos, morreu após carro em que ela estava bater em poste e capotar em Itatiba — Foto: Divulgação
A região também registrou dois acidentes de trânsito envolvendo músicos em agosto e setembro. No primeiro caso,
uma batida entre um carro e uma van da banda Sampa Crew deixou um morto e oito feridos na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. O motorista do carro, com placas de Jarinu (SP), Cláudio da Costa Neves, de 29 anos, morreu no local.
O cantor sertanejo Fernando Zor, da dupla com Sorocaba,
também sofreu um acidente na Rodovia dos Bandeirantes em setembro. O artista voltava de um haras do parceiro quando perdeu o controle do veículo devido à chuva. Ele foi internado em um hospital particular de Jundiaí e
liberado em seguida.
Em outubro, câmeras de segurança de uma cervejaria registraram o momento em que
um motociclista foi arremessado e rodopiou no ar após colidir contra um carro em Salto. As imagens viralizaram nas redes sociais. Apesar da gravidade do acidente, Igor Henrique Benedito de Oliveira, de 20 anos, não teve fraturas e
agradeceu a Deus por ter "nascido de novo".
Mais mortes
Fora das estradas, outras mortes também ganharam destaque na região. Ainda em janeiro, o Ministério da Saúde confirmou
o primeiro óbito por febre hemorrágica no Brasil em 20 anos. A vítima era um homem de 52 anos, morador do bairro Vila Carvalho, em Sorocaba. O governo considerou o caso como um evento de saúde pública grave por conta da
raridade e da letalidade da doença.
Já em fevereiro, pouco antes da chegada do coronavírus ao Brasil, uma moradora de Jundiaí
foi baleada durante a passagem de um bloco de carnaval na zona sul de São Paulo. Danieli Vitti, de 27 anos, estava no local com um grupo de cerca de 15 pessoas, incluindo o marido dela, quando um policial civil reagiu a um assalto, dando início à confusão. A cabeleireira foi atingida na perna e
precisou de duas cirurgias para se recuperar.
Em Alumínio, o empresário João Guilherme Torres Fadini, de 24 anos,
morreu após se afogar na Represa de Itupararanga, no fim de agosto. A namorada dele, Larissa Campos, contou que os dois estavam no local com um grupo de amigos para comemorar o pedido de casamento de João. O
casal tirou uma foto em frente à represa cinco minutos antes do acidente.
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Larissa Campos e João Guilherme tiraram a foto cinco minutos antes do afogamento — Foto: Larissa Campos/Arquivo pessoal
No mês seguinte, a jovem Gabrielly Rosa de Medeiros, de 21 anos,
morreu em casa depois de se engasgar com refluxo, em Jundiaí. O laudo necroscópico apontou que
ela não sofreu violência, mas a polícia ainda aguarda o laudo toxicológico, que irá afirmar se Gabrielly havia ingerido medicamentos e detectar a possível existência de alguma toxina no corpo dela.
A cantora e apresentadora MC Venenosa
morreu em novembro por complicações respiratórias causadas por asma. Após a morte, a família criou uma campanha nas redes sociais pedindo ajuda para
realizar o sonho dela de ser cremada em Votorantim. Jéssica Cristiane Batista tinha 32 anos e, segundo a irmã,
deixou músicas inéditas e já gravadas.
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MC Venenosa morreu por complicações respiratórias causadas por asma — Foto: Redes sociais/Reprodução
Outros destaques
Na primeira quinzena do ano,
um assalto a uma concessionária localizada na Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes chamou a atenção em Sorocaba. Ao todo, 15 criminosos sequestraram o vigilante do local e
roubaram 11 carros de luxo avaliados entre R$ 100 mil e R$ 270 mil. Oito suspeitos foram identificados e
cinco foram presos.
Falando em carros, o alto consumo de água e a estiagem fizeram o nível de água de uma pedreira desativada em Salto de Pirapora (SP) diminuir e
revelar 13 carros que antes estavam submersos, em setembro. A polícia investiga se o local era usado para
desovar veículos usados em golpes de seguradoras. Sete donos dos carros já foram ouvidos e
afirmaram que os veículos haviam sido furtados.
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Carros foram encontrados em lago de pedreira após nível da água baixar em Salto de Pirapora — Foto: Jornal da Cidade/Divulgação
Em Porto Feliz (SP), a suspensão das saídas temporárias como medida preventiva para conter o avanço do coronavírus provocou uma
rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no dia 16 de março. O motim também aconteceu em presídios de Mongaguá (SP), Tremembé (SP), Mirandópolis (SP) e Sumaré (SP). Ao todo, 1.375 detentos do regime semiaberto participaram da fuga.
Outro caso policial de destaque na cidade foi registrado em novembro, quando um homem preso por suspeita de homicídio
foi "resgatado" de dentro de uma delegacia pelo próprio irmão. Betuel Gambary Nilo havia ido levar comida para John Lennon Gambary Pereira Franco quando rendeu o funcionário que estava de plantão, ameaçando-o com uma arma.
Três suspeitos de envolvimento na fuga foram presos no fim do mês, mas John Lennon ainda não foi encontrado.
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À esquerda, John Lennon, preso por homicídio, e à direita, o irmão dele, Betuel Gambary Nilo — Foto: Divulgação
Em outubro, o dono de uma loja de roupas e acessórios
reagiu a um assalto e matou três criminosos a tiros no Jardim São Guilherme, em Sorocaba. À polícia, o comerciante
afirmou que agiu em legítima defesa e que não conhecia o trio. Além disso, contou que teve o pai assassinado durante um assalto.
Pouco antes, em agosto, uma
recém-nascida foi achada abandonada dentro de uma igreja católica em Jundiaí. A
mãe da criança foi identificada e prestou esclarecimentos à polícia, sendo liberada em seguida. Depois de a menina ter ficado alguns dias no hospital, a Vara da Infância e da Juventude
abriu um processo de adoção e, atualmente,
ela já está com uma nova família.

Imagens mostram momento em que dono de loja dispara contra bandidos durante assalto
Já em junho, o G1 noticiou que o empresário Paulo Cupertino Matias, assassino do ator Rafael Miguel e dos pais dele e que está foragido desde 2019, teve auxílio de dois amigos na fuga,
sendo um deles um morador de Sorocaba. Uma conversa recuperada pela perícia mostra o
suposto pedido de ajuda.
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal,
uma confusão foi registrada em um supermercado de Campo Limpo Paulista (SP). Um cliente foi contido por seguranças após ter tentado entrar no local sem máscara de proteção, item obrigatório em lugares públicos durante a pandemia. O mercado
abriu uma sindicância para apurar a causa da briga.
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Polícia fez simulação de possíveis disfarces usados por Paulo Cupertino para fugir após matar ator e os pais dele — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Desaparecimentos
Foram vários os casos de desaparecimentos registrados nas regiões de Sorocaba e Jundiaí ao longo de 2020, mas dois deles chamaram atenção por terem acontecido fora do Brasil: os dos jovens Estela Cristina Romero Vieira, de 21 anos, e Renan Feliciano, de 29 anos.
Estela foi dada como desaparecida no dia 28 de janeiro,
quando saiu de São Paulo com destino ao Aeroporto de Barajas-Madri, na Espanha. O caso foi investigado pela polícia espanhola, que trabalhava com a hipótese de tráfico de pessoas. A estudante, que é de Votorantim (SP), foi encontrada quase um mês depois e
disse à família que havia ficado sozinha pelas ruas de Madri, sobrevivendo com o dinheiro que havia guardado.
Estela sumiu no dia 28 de janeiro, quando embarcou para Madrid, na Espanha — Foto: Arquivo pessoal
Já
Renan desapareceu na cidade de Salt Lake City, em Utah, nos Estados Unidos, no início de junho. Ao G1, o pai contou que perdeu o contato com ele logo após Renan ter dito que havia sido demitido do emprego e que estava morando na rua. Durante o sumiço,
o jovem de Sorocaba chegou a ser levado à delegacia e ficou detido por um dia pelo crime de invasão de propriedade, mas foi solto horas depois e não foi mais visto.
Black Lives Matter
Em um ano marcado pelas brutais mortes de pessoas negras ao redor do mundo,
que deram início ao movimento Black Lives Matter, o racismo também se fez presente na nossa região.
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Arte de colégio tampou estudante negra em Jundiaí — Foto: Instagram/Reprodução
Entre os casos de maior destaque aparece o da
menina negra de 10 anos que foi tampada em uma propaganda nas redes sociais da escola em Jundiaí. O caso é investigado pela polícia, que abriu um inquérito para ouvir a família e a unidade de ensino. A criança, que ficou abalada com a situação e
começou a fazer acompanhamento psicológico, será transferida da escola em 2021.
Outra situação de preconceito que repercutiu no G1 Sorocaba e Jundiaí este ano foi o do grupo que invadiu uma aula online de direito em Sorocaba,
fez apologia ao nazismo e publicou mensagens ofensivas contra mulheres, advogados e negros. A
Polícia Civil tenta identificar os responsáveis e a faculdade abriu uma apuração interna para identificar como eles tiveram acesso ao sistema.
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Aula online foi interrompida por imagens nazistas em Sorocaba — Foto: Arquivo pessoal
Caiu na internet
O hit "Caneta Azul, Azul Caneta"
quebrou a internet nos últimos meses de 2019, mas foi só no início deste ano que o maranhense Manoel Gomes, compositor da música,
anunciou que planejava uma turnê pela Europa. A informação foi revelada ao G1 durante uma visita a uma barbearia de Sorocaba, antes da pandemia do coronavírus cancelar eventos no mundo todo.
Assim como a tal da caneta azul marcou 2019, em 2020 quem ganhou destaque foi a cabeleileila Leila. O
hit foi criado pelo humorista Eduardo Sterblitch e rapidamente viralizou nas redes sociais. Em São Roque, uma
cabeleireira Leila da vida real viu o meme como uma "bênção" em meio à pandemia.
Foi em fevereiro deste ano também que o ministro da Economia, Paulo Guedes, se envolveu em uma polêmica ao afirmar que
o dólar mais baixo permitiria que empregadas domésticas fossem à Disney, nos Estados Unidos. No entanto, uma empregada doméstica de Sorocaba contou ao G1 que
realizou o sonho de conhecer Orlando duas vezes após economizar dinheiro por quase três anos.
Em julho, a ex-moradora de rua que ficou conhecida na internet por
dançar a música "Holiday", da cantora Madonna, em um bar de Manaus (AM)
deu início a um tratamento de seis meses contra o vício em drogas em Araçoiaba da Serra (SP). Maria Solange fez uma
live contando sobre os primeiros dias na clínica.
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Cabeleireira Leila de São Roque (SP) comentou meme — Foto: Arquivo pessoal
Uma mulher procurou a Polícia Civil de Sorocaba em março após ter o
carro depredado e pichado com ofensas e as palavras "amante" e "puta" na lataria. A autora do ataque, segundo a dona do carro, é a mulher de um ex-chefe dela. O vídeo viralizou nas redes sociais.
Outro caso que chamou atenção em 2020 foi o do caixa de restaurante que foi demitido em São Roque depois de
escrever um comentário ofensivo sobre um cliente na comanda de um pedido: "O animal não sabe onde mora e põe centro, mas é Junqueira". O dono do estabelecimento lamentou o ocorrido.
Já no fim do ano, um idoso de Alumínio viralizou nas redes sociais depois que a neta postou um relato dizendo que ele chorou ao ser
acusado de roubo por colher mudas de um canteiro. Muitas pessoas se indignaram com a história e mandaram flores para o idoso na intenção de confortá-lo.
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Cliente foi ofendido por funcionário em comanda de entrega em São Roque — Foto: Facebook/Reprodução
Em Sorocaba, a história de um menino de cinco anos que sofre de Transtorno do Espectro Autista (TEA) também sensibilizou os moradores nas redes sociais. A criança é apaixonada por animais e tinha como rotina visitar o Zoológico Municipal "Quinzinho de Barros", mas precisou se distanciar do local durante a pandemia. Preocupada, a mãe dele fez um pedido especial ao zoo, que
agendou uma visita exclusiva para o menino.
O "Quinzinho de Barros" voltou a ser assunto no G1 cinco meses depois com a
morte da elefanta asiática Haisa, que tinha mais de 60 anos e sofria de artrose. Com a partida do animal, o Ministério Público recomendou que o companheiro dela, o elefante Sandro,
fosse transferido para um santuário no Mato Grosso. No entanto, a prefeitura ainda não tomou uma decisão sobe o caso.
O mundo animal também ganhou destaque em todo o Brasil este ano com as
queimadas históricas que atingiram o Pantanal. O cenário de devastação marcou o veterinário Jorge Salomão, de Jundiaí, que
atuou como voluntário no resgate de animais na cidade de Poconé (MT). "É um cenário devastador. Acho que é uma cena que eu jamais vou esquecer", relatou.
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Veterinário de Jundiaí ajudou no resgate de animais vítimas das queimadas no Pantanal — Foto: Arquivo pessoal
Entre os casos de superação que se destacaram em 2020 aparece o da criança transexual de nove anos que
conseguiu tirar um RG com o nome de nascimento e o nome social. Em um texto publicado nas redes sociais, a mãe dela pediu respeito e apoio à causa: "Acolham, apoiem. Facilitem sua infância e juventude!", escreveu.
No Dia dos Namorados,
um trisal de Sorocaba que estava à espera do segundo filho conversou com o G1 sobre a rotina em casa e sobre poliamor. A família ainda divide experiências e dificuldades sociais em um perfil nas redes sociais.
Em São Roque,
mãe e filha deram à luz no mesmo dia após descobrirem que estavam grávidas com apenas uma semana de diferença. Para as duas, compartilhar este momento juntas foi uma experiência única.
Outra história que aqueceu os corações dos românticos em 2020 foi a das cartas de amor dos anos 40 que foram
encontradas em um envelope dentro de uma casa que seria demolida. Durante uma busca pela internet, o dono do imóvel encontrou a família do casal e devolveu as cartas,
emocionando a neta.
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Cartas foram encontradas em casa no centro de Sorocaba — Foto: Arquivo pessoal