Servidores afirmam que encontraram um gravador escondido na base com conversas dos guardas.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Justiça o afastamento do comandante e subcomandante de Guarda Civil Municipal de Votorantim (SP) após denúncias de assédio moral contra agentes.
Servidores afirmam que encontraram um gravador escondido na base com conversas dos guardas. Segundo a denúncia, o equipamento pertenceria ao subcomandante da corporação, Lucas Andreoli, e estava escondido em uma das mesas da sala de base da GCM.
Além do afastamento, o MPT pede que qualquer ato praticado para prejudicar os trabalhadores seja proibido e que nenhum equipamento de monitoramento de imagem ou voz seja instalado.
Se a Justiça acatar esse pedido, a Prefeitura de Votorantim terá que pagar uma multa de R$ 30 mil por trabalhador vítima de assédio e uma multa diária de R$ 1 mil.
Em nota, a prefeitura informou que o inquérito civil está em segredo de Justiça e que já se manifestou. A Secretaria de Negócios Jurídicos afirmou que ainda não recebeu qualquer citação de ação judicial da Justiça do Trabalho.
Denúncia
O buraco onde teria sido colocado o gravador era o mesmo pelo qual passava a fiação dos computadores. Conforme a denúncia, quando o equipamento foi encontrado, os guardas decidiram baixar os arquivos e descobriram que muitas conversas teriam sido registradas sem ninguém saber.
Quando o subcomandante percebeu que o gravador havia sumido, teria começado a fazer ameaças e a pressionar os servidores. Os guardas denunciaram que as perseguições começaram depois que alguns deles se recusaram a furar a fila da vacina contra a Covid-19.
Em fevereiro, eles foram convocados de forma extraoficial para tomar a primeira dose, mas a instituição não estava incluída na lista do plano de vacinação naquele momento.
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