Rodrigo Gasparini
Notícia publicada na edição de 12/01/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C -
Gilmara sustenta a casa e os dois filhos com os ganhos
Marilda também viu sua vida mudar com a venda das roupas
Créditos das fotos: Emídio Marques
“Eu não acreditava em mim mesma e agora passei a acreditar. Tenho meus sonhos e corro atrás de realizá-los”. É desta maneira que a confeiteira Gilmara Lemos Matias define a importância da Cooperativa de Múltiplas Funções da Comunidade de Votorantim em sua vida.
A cooperativa é formada por confeiteiras, costureiras e artesãos que já faziam trabalhos no Núcleo de Desenvolvimento Empresarial (Incubadora de Empresas), no Parque Jataí. Em meados de dezembro, foi inaugurada a loja para a venda dos produtos, num box do mini terminal de ônibus, atrás do Paço Municipal.
Com os R$ 500 que fatura por mês Gilmara sustenta a casa onde vive com seus dois filhos, um de 18 anos e outro de 6 anos de idade. Mas, há um ano e sete meses, quando começou um curso de panificação, a história era bem diferente. Desempregada, ela viu nas aulas uma possibilidade de obter renda, o que se tornou realidade quando surgiu a ideia da cooperativa.
No início dos trabalhos, as cooperadas nada ganhavam. Depois de algum tempo, elas passaram três meses aplicando o dinheiro recebido “para ter um caixa e montar a cooperativa”. Somente depois disso é que as cooperadas começaram a obter o ganho mensal.
As cooperadas dividem o tempo entre a produção na incubadora e a venda na loja recém-inaugurada. Grávida do terceiro filho (já tem um de 15 anos e outro de 7 anos), Marilda Luiza Rego se dedica mais ao contato com os clientes e também vê sua vida mudando graças ao trabalho desenvolvido na cooperativa. Costureira, ela conheceu as companheiras num curso gratuito do Senai.
Após um período em que os trabalhos eram feitos na casa de uma das cooperadas, elas passaram à incubadora e se juntaram à cooperativa. Apesar das vendas, as costureiras ainda não têm ganhos mensais, mas somente o necessário para o transporte. “Todo o dinheiro que entra a gente investe em equipamentos e tecidos, enquanto a Prefeitura ajuda com os materiais”, explica Marilda.
Com planos de expansão, as profissionais de costura planejam obter financiamento do Banco do Povo Paulista para a aquisição de duas máquinas industriais. “Porém, precisamos da garantia de que vamos conseguir pagar”, lembra Marilda. Segundo ela, o objetivo das cooperadas é receber de R$ 600 a R$ 700 mensais, a partir de março.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.