quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

REPRESA ITUPARARANGA - Vazão de água liberada está 4 vezes acima da média

Fernando Guimarães
Notícia publicada na edição de 28/01/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul
 

A vazão média no ano é de 12 m3/segundo,
atualmente está em 52 m3/segundo
Crédito: Fábio Rogério



Em dois dias, mesmo sem chuva, a vazão de água na represa Itupararanga aumentou de 30 mil litros por segundo para 52 mil litros por segundo. Isso significa que se chover forte, o rio Sorocaba voltará a causar estragos novamente aos moradores dos bairros ribeirinhos e aos motoristas que utilizam a avenida Dom Aguirre. A vazão média no ano é de 12 mil litros por segundo. Não há o que ser feito enquanto as chuvas não pararem, pois é necessário garantir a segurança da represa, observa o diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Geraldo Caiuby.


A assessoria de imprensa da represa de Itupararanga esclareceu, ontem, que está liberando em torno de 50 mil litros por segundo (50 m3/s) entre vertedores e turbinas e que a vazão dos vertedores, ontem, era de 24 m3/seg. Informou, ainda, que a represa vem contribuindo para minimizar os impactos causados pelas atuais condições climáticas, que este ano estão impactando diversas cidades do país. Os transtornos ocorridos em Sorocaba, na semana passada e no início desta, são decorrentes, segundo a assessoria de imprensa da represa, do forte volume de chuva registrado nos últimos dias, não tendo relação com o total de vazão liberado pela operação do empreendimento.

Não tem como controlar a água. Quando ela extravasa o nível, os pranchões são automaticamente acionados, destaca o diretor-geral do Saae, lembrando que a vazão elevada na represa é responsável, em parte, pela elevação do nível do rio Sorocaba.

Enquanto as chuvas não cessam, Caiuby pede à população que evite se aproximar do rio nos períodos de chuva e pede atenção aos moradores do Jardim Maria do Carmo, Vitória Régia, Santo André e Parque São Bento, orientando-os, inclusive, se possível, a permanecerem durante algum tempo em outro endereço até que as chuvas parem e o nível do rio volte ao normal. Ele diz entender que a situação é complicada para os moradores que estão sofrendo com as contantes enchentes, porém, não há como segurar o volume de água. Nesta semana, o prefeito Vitor Lippi (PSDB) divulgou um pacote de ações para resolver o problema daqueles moradores, entre desapropriação e construção de um segundo piscinão no bairro Maria do Carmo.

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