quinta-feira, 29 de abril de 2010

Região de Sorocaba prepara rotas de trem para explorar turismo

Carla de Campos

Agência BOM DIA

Treze cidades fazem parte do consórcio; ideia é começar com quatro roteiros definidos que exploram as particularidades dos municípios



Região de Sorocaba prepara rotas de trem para explorar turismo

Se no passado o algodão foi um dos impulsos para a criação da EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), agora é a vez do turismo assumir o papel de locomotiva.

A proposta começa a entrar nos trilhos com a criação de um consórcio que reúne 13 municípios: além de Sorocaba, Jumirim, Conchas, Pilar do Sul, São Roque, Alumínio, Mairinque, Votorantim, Iperó, Boituva, Cerquilho, Laranjal Paulista e Pereiras. No dia 15, os prefeitos estiveram em Sorocaba para assinatura do convênio.
O turismo sob trilhos começa com quatro roteiros definidos que exploram as particularidades de alguns municípios. Um exemplo é o Roteiro do Vinho, no trecho entre Sorocaba e São Roque e a Rota dos Italianos, que parte de Sorocaba e passa por Boituva, Cerquilho, Laranjal até Conchas. Há ainda o Itupararanga (Sorocaba a Votorantim) e de Varnhagem, de Sorocaba à Fazenda Nacional de Ipanema.

Após a aprovação no legislativo de cada cidade, o consórcio está apto a receber recursos governamentais.Mas o ganho não é só financeiro. O projeto permite a cooperação técnica para a proteção do patrimônio urbanístico e ambiental comum a estes municípios.

A exemplo de Sorocaba, Itu e Salto também planejam a implantação do Trem Republicano, ligando as duas cidade. Mas lá o projeto está bem adiantado e os prefeitos Geraldo Garcia (Salto) e Herculano Júnior (Itu) comemoram.
Em fevereiro, o ministro de Turismo Luiz Barreto esteve em Salto e anunciou a liberação de R$ 1 milhão para o projeto.
Preservação

Os consórcios de Sorocaba e Itu/Salto apontam que turismo é uma solução inteligente para a preservação da memória ferroviária. “Mesmo que a estação de Sorocaba nunca mais receba um trem de passageiro regular, o projeto turístico vai preservar a memória da ferrovia”, diz o representante da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), Anderson Alves Conte. “Vão saber que ali, no passado, era a porta de entrada e saída da cidade.”

Ferrovia é negócio do futuro, diz historiador

A utilização da estrada de ferro para o turismo precisa ser analisada seriamente do ponto de vista econômico.

Para o historiador Geraldo Bonadio, autor do livro Sorocaba, a Cidade Industrial, o trem é o transporte do futuro. “O Brasil precisa de uma ferrovia moderna no traçado da Sorocabana”, opina. “Mas não para transportar um grupo de pessoas saudosas e sim para escoar a produção do interior paulista”, acrescenta.

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