segunda-feira, 31 de maio de 2010

Academia Votorantinense quer criar feira literária


Cruzeiro On Line


Membros da nova entidade foram recebidos pela diretoria da FUA
Foto: Bruno Cecim

Estabelecer o cultivo da língua e da literatura, preservar a memória cultural votorantinense e amparar e estimular as manifestações culturais, inclusive nas áreas das ciências e das artes. Com estes objetivos, 22 cidadãos de diferentes credos, condição cultural e social fundaram, em 27 de março de 2010, a Academia Votorantinense de Letras, Artes e História (AVLAH). Em visita à Fundação Ubaldino Amaral (FUA), mantenedora do Jornal Cruzeiro do Sul, os diretores apresentaram as propostas, que já começaram a ser desenvolvidas pelo grupo.

Sem fins lucrativos e sem sede própria - a sede temporária foi cedida pela Associação de Aposentado e Pensionistas de Votorantim (Apevo) - a entidade não pretende pedir recursos públicos para se manter. “A nossa intenção é somar e oferecer os serviços à sociedade e não tirar recursos que podem ser usados para outras finalidades”, afirmou o ator Antonio Carlos Marques Ferreira, criador do “Boneco Zequinha” e presidente da Academia. Ele afirmou que, por enquanto, a entidade irá manter-se por si própria, com esforço dos integrantes, posteriormente, buscará recursos na iniciativa privada para conseguir desenvolver os projetos.

Entre as propostas, os acadêmicos pretendem fazer uma biblioteca itinerante e, inclusive, já estão recebendo doações de livros. O projeto deverá funcionar como um ‘pontapé inicial’ para realizar outra proposta: uma Feira Literária anual. A idéia, segundo o presidente, é trazer editores de todo o Brasil e inserí-la dentro do calendário anual de feiras literárias. “Parati é nosso melhor exemplo. Queremos que as pessoas daqui também tenham acesso a eventos deste nível”, disse. Outra proposta, prevista para estrear no mês de setembro, é a realização de Saraus Literários,que deverão acontecer a cada três meses, com objetivo de fomentar a cultura e dar espaço para poetas, atores, bailarinos e artistas da cidade.

Mesmo sendo votorantinense, a academia será aberta a artistas de outros municípios. “A área de atuação é o nosso município, mas pretendemos ser um espaço aberto”, afirmou a diretoria. A AVLAH foi idealizada pelo produtor cultural Werinton Kermes que, num primeiro momento, chamaria apenas “Academia Votorantinense de Letras”. Devido ao interesse de pensadores e artistas em participar, o foco de atuação foi ampliado, voltado a questões não só literárias, mas também culturais e artísticas do município. “As pessoas olham as ‘Academias’, como um clube fechado, de intelectuais. Nós já começamos quebrando esse paradigma”, disse o presidente Ferreira.
Historiadores, escritores, jornalistas, fotógrafos, cineastas, artistas plásticos, atores, músicos, além de representantes religiosos como padres e pastores, fazem parte da diretoria. De formação eclética, ela foi estabelecida na sessão inaugural, que aconteceu no dia 29 de abril, juntamente com a escolha dos dirigentes. “Pessoas da capacidade, competência, mas simplicidade, como o escultor Francisco Vieira Santos, o ‘Seu Chico Santeiro’, que esculpe imagens em madeira”, ressaltou Ferreira.
Além das atividades culturais, a AVLAH terá um programa semanal no canal fechado ‘TV Votorantim’, presidida por Kermes. Ainda sem previsão para ir ao ar, o programa terá uma hora de duração. “A idéia é o fomento da cultura e o desenvolvimento da arte”, afirmou Ferreira. A academia pretende ainda premiar anualmente duas personalidades do ambiente cultural e artístico da cidade com a medalha João Kruguer, além de receber dois novos acadêmicos a cada ano, até atingir a quantidade de 40 cadeiras ocupadas, nos moldes das Academias Francesas.

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