Reajuste foi aprovado na Câmara em meio a 'troca de farpas'
Foto: Bruno Cecim
O gasto anual da Prefeitura de Votorantim com a folha de pagamento dos servidores públicos municipais vai crescer R$ 4.292.085,09, a partir do reajuste aprovado ontem pela unanimidade dos vereadores, em sessão extraordinária. Além do prefeito Carlos Augusto Pivetta (PT), do seu vice Marcos Mâncio (PMDB), dos 19 secretários municipais e dos 11 vereadores, cerca de 2,4 mil servidores serão beneficiados. Com isso, o valor dos vencimentos que em 2009 totalizou R$ 80.531.730,91, passará a R$ 84.823.816,00 ao ano. Neste ano, o aumento terá um impacto de 50,6% no orçamento da cidade, estimado em R$ 167.636.000,00, sendo que o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 52%.
O valor dos vencimentos será pago em duas vezes: 3% de imediato e outros 2% em setembro. O mesmo parcelamento acontecerá com o vale alimentação, com reajuste de 10% neste mês e mais 10% no segundo semestre. Pivetta deixará de ganhar R$ 9.240,00 por mês, para receber R$ 9.517,20 a partir do próximo mês. Em 1º. de setembro, o salário de prefeito chegará a R$ 9.707,54. O do presidente do Legislativo, Pedro Nunes Filho (PDT), subirá de R$ 4.712,79 para R$ 4.854,17, e depois para R$ 4.951,25. Os demais vereadores têm salário de R$ 3.770,22 e devem ganhar inicialmente R$ 3.883,32 e depois R$ 3.960,99. Já o de secretário, R$ 4.494,00, vai para R$ 4.628,82 de imediato e R$ 4.721,39 no segundo semestre.
Farpas
A sessão na Câmara durou aproximadamente meia hora e teve troca de farpas entre vereadores. A polêmica foi criada em cima do estado de greve anunciado na semana passada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, mas que não aconteceu porque os sindicalistas fizeram acordo com a Prefeitura e aceitaram os dois reajustes, de 3% e 2%. Porém eles queriam 12% e alegaram que em agosto tentariam nova negociação para aumentar esses porcentuais, caso a Prefeitura tenha dinheiro em caixa.
O vereador Fernando de Oliveira Souza (PT), da situação, disse que preferiria votar um aumento de 15%, mas que diante deste acordo, entre o sindicato e a Prefeitura, eu voto tranquilo, sabendo que em agosto será reaberto a negociação para novo aumento. Fabíola Alves da Silva (PSDB), da oposição, criticou a atitude de Pivetta e afirmou que os servidores não estão contentes com o aumento oferecido. É fácil falar de folha (pagamento) agora, mas na hora de fazer monção de apoio a greve dos professores aí sim é o Partido dos Trabalhadores. Mas na hora de apoiar os servidores municipais, cadê o PT?, questionou. Solange Pedroso (PMDB), também da situação, rebateu Fique bem claro aqui, que nesta Casa não tem um e outro que trabalha pelos servidores públicos, viu nobre vereadora.
Também sindicalista, o vereador Marcos Antônio Alves (PT) disse que não teve como rejeitar o projeto, já que o presidente do sindicato endossou o porcentual, assinando o acordo com o prefeito. Para ele, o sindicato tem que ser mais ousado e obrigar o Poder Público a oferecer melhores condições de trabalho aos servidores. O presidente do sindicato, Isael Clareti, alegou que o cancelamento da greve não foi decisão sua e sim da categoria, que sequer participou de reunião entre uma comissão de servidores e o prefeito, na sexta-feira, quando o reajuste ficou decidido.

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