quinta-feira, 1 de julho de 2010

Égua prenha é atacada por pit bull

Cruzeiro On Line

Notícia publicada na edição de 01/07/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A
 
 
Égua 'Fortaleza' foi levada para clínica veterinária
Fotos: Bruno Cecim

Eduardo Prado está preocupado com a saúde da égua Fortaleza
 
Uma égua prenha foi atacada na manhã desta quarta-feira (30) por um cachorro da raça pit bull, na região central de Votorantim, e corre o risco de perder a cria. O cachorro, que não teve seu dono identificado até o fechamento da edição, foi levado pela equipe do setor de Zoonoses da Prefeitura. A égua passa por tratamento e a família de Eduardo, que reside no bairro Fornazari, depende do animal para o sustento.
Conforme relato do dono da égua, Eduardo Ferreira do Prado, que trabalha com reciclagem, o animal, chamado Fortaleza, puxava a charrete em que ele e a mulher, Elvira Oliveira Lima, subiam pela avenida São João. Pararam próximo de um estabelecimento comercial e quando perceberam o cachorro atacava a égua, que caiu por cima do cachorro. Para fugir do cão, a égua arrastou a charrete por mais 150 metros. A sorte, reforçou Prado, foi não ter provocado outro acidente. “Mordeu o pescoço e comeu a teta dela”, falou Elvira sobre a situação da égua, machucada e sangrando.
Trabalhadores que estavam no local ajudaram a separar o cachorro da égua, Uma dessas pessoas foi a funcionária de uma Petshop na rua Miguel Dias, próximo de onde aconteceu o fato. Segundo os populares, o cachorro seguiu sentido à clínica. O proprietário do estabelecimento, o veterinário José Carlos de Melo Ferreira Júnior, disse que desde o início daquela manhã o cachorro tinha sido visto pela vizinhança, mas desconhecia o seu dono. O proprietário da égua reforçou que o cachorro estava em “bom estado” e deveria ter dono.
Tratamento

Fortaleza foi levada pelo veterinário para sua clínica e, segundo ele, receberá todos os cuidados e passará por cirurgia. O tratamento, frisou, tem custo aproximado de R$ 10 mil e espera que a Prefeitura possa ressarci-lo, pois a família não tem condições financeiras. “Vou cuidar da égua por vontade minha, não que eu deva nada”, esclareceu, preocupado com as suspeitas de que seria o dono do cachorro. Admitiu que a égua corre o risco de perder a cria.
Mas a Prefeitura de Votorantim esclarece que não vai pagar pelo tratamento, o que deveria ser feito pelo responsável pelo cão. Segundo a Zoonoses, a partir da hora que o cachorro deu entrada no setor, o dono tem 72 horas para buscá-lo e caso não compareça o animal pode ser castrado e colocado para doação. A multa para o proprietário do cão é de R$ 131,22, mais diárias de R$ 10,70. A orientação da zoonoses para quem tem cachorros, principalmente pit bulls, é mantê-los em local de segurança, sempre com coleira. (Maíra Fernandes)

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