domingo, 25 de julho de 2010

Os guardiões do meio ambiente

José Antônio Rosa

Notícia publicada na edição de 25/07/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno B
 
 
João Douglas, Nicolas, Misael e Samuel
Foto: Luiz Setti


Sustentabilidade, responsabilidade ambiental e consciência ecológica foram alguns dos temas sobre os quais cerca de 50 jovens participantes do acampamento organizado pela Prefeitura de Votorantim, na sede da ACM, às margens da represa de Itupararanga, se debruçaram e discutiram. O encontro, realizado no final de semana passado, teve como objetivo criar um cenário favorável para que os adolescentes pudessem entender, minimamente, o papel que lhes cabe no processo de preservação de seu espaço e entendimento da própria realidade em que vivem.
Durante dois dias, o grupo ouviu palestras sobre a construção do que a Secretaria do Meio Ambiente da cidade chama de coletivo socioambiental. A ideia é que todos funcionem como agentes multiplicadores e propaguem aquilo que sabem a um número cada vez maior de pessoas. Uma nova etapa do treinamento começa a ser aplicada em agosto, conforme a coordenadora do programa, Lucélia Ferrari. A seleção para participar do acampamento aconteceu, num primeiro momento, a partir de ações da administração e de entidades como Ação Jovem, Hip Hop da Secretaria de Cultura, Guarda-Mirim e ambientalistas.

O acompanhamento do grupo ficou a cargo de funcionários da Secretaria e a monitoria foi exercida pela Ludicomania Eventos. E o que, afinal, a experiência acrescentou aos jovens? Como eles se sentiram na condição de guardiães ambientais? Lucélia Ferrari diz que a proposta não foi exatamente fazer com que eles assumissem um encargo maior do que o esperado; ou seja, o trabalho busca, primeiro, despertar a vocação para, depois, executar potencialidades.
“Esse coletivo surge com a finalidade de conhecer a situação, o seu habitat natural, para usar de uma linguagem mais indicada. Começamos no município, mas queremos que o projeto tenha, logo, um alcance regional”, disse à coluna Gente Jovem.

“Eu acho que estamos prontos para fazer o
que esperam de nós”, Nicolas Silva
Foto: Luiz Setti


A reportagem conversou, também, com quatro participantes do acampamento para conferir quais foram as impressões que ficaram da vivência. Todos reconheceram que a questão ambiental, mais do que modismo, é uma agenda que precisa ser melhor trabalhada. Nicolas Silva, 16 anos, falou do entusiasmo que a oportunidade de atuar nesse processo reservou: “Eu acho que estamos prontos para fazer o que esperam de nós: falar sobre meio ambiente e aprender junto”.

“A gente não tem, na escola, essa noção”, João Douglas
Foto: Luiz Setti


João Douglas, também com 16, não fazia ideia do quanto poderia contribuir para melhorar sua própria condição: “A gente não tem, na escola, essa noção. O assunto é tratado de passagem. O acampamento ajudou bastante”. Misael Oliveira, 16, avaliou como “não muito boa” a situação do meio ambiente na cidade onde mora: “Acho que precisariam melhorar muitas coisas. E se a gente tem essa função de ajudar a esclarecer, vamos em frente. Estamos prontos para a missão”. Por fim, Samuel Vieira, de 15, destacou que está feliz por poder apoiar as ações: “Não sei se vamos fiscalizar, mas só por ter aprendido nesse encontro, já valeu. Acho que posso somar e colaborar. Eles fizeram eu acreditar nisso”.


“Estamos prontos para a missão”, Misael Oliveira
Foto: Luiz Setti

“Acho que posso somar e colaborar. Eles fizeram eu acreditar nisso”, Samuel Vieira
Foto: Luiz Setti

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