quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Guerra contra os mosquitos

Nove casos de leishmaniose cutânea em um só bairro coloca Votorantim em alerta

Carla de Campos
Agência BOM DIA


“Nunca tinha ouvido falar disso. Só agora, quando passaram pulverizando as casas”, diz o vigilante Osvaldo Pracidino, 57 anos. No Jardim Tatiana, onde ele mora há 13 anos, o Departamento de Saúde Coletiva da Prefeitura de Votorantim identificou nove casos de leishmaniose tegumentar americana desde o início do ano. A doença começa com a picada de um mosquito e provoca uma ferida de cura difícil.
O caso mais recente foi há dois meses, mas mantém o setor de saúde em alerta para evitar novas contaminações. Desde anteontem uma equipe da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), do Governo do Estado, está pulverizando com veneno as casas localizadas próximas às matas no Jardim Tatiana. A medida é apenas de controle. “A população precisa evitar entrar nas matas, onde estão os mosquitos transmissores. Se for entrar, precisa usar roupas compridas ou repelente”, explica o médico Marcus Eider Marsom, do Departamento de Saúde Coletiva.
A ferida começa com uma picada na pele, aparentemente comum. Com o passar do tempo ela aumenta. “Lembra uma ferida provocada por varizes”, compara.
A dona-de-casa Neuza Pedroso espera para hoje a visita da Sucen. A rua onde mora é vizinha a uma enorme área verde onde há mato e acúmulo de lixo. “Para mim é novidade essa doença, mas dá medo porque tenho criança pequena. Tem muitos pernilongos aqui”, diz.


No quintal de casa, Osvaldo possui uma área verde: doença é desconhecida
Foto: Assis Cavalcante/Agência BOM DIA



Fêmeas são as transmissoras


Ferida brava

A leishmaniose cutânea é conhecida como ferida brava ou úlcera de Bauru (devido a incidência de casos nesta região)


O transmissor

É chamado de flebotomíneo e conhecido por mosquito palha, birigui ou cangalhinha. Vive nas matas, pois prefere lugares com pouca luz, úmidos e sem vento

 
Picada

A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito, que ataca no início e no final do dia. Não há transmissão de pessoa para pessoa. O tratamento é feito com antibióticos e a doença não é fatal

Fonte: Sucen

 
Sorocaba luta contra o avanço da dengue

Neste ano, até esta terça, foram registrados 359 casos de dengue em Sorocaba, sendo 275 autóctones e 84 importados. Em 2009, foram sete registros.

 
Um levantamento realizado pelo setor de zoonoses, em julho, mostra que o índice de infestação em cinco áreas da cidade atingiu estágio de alerta.

 
As visitas e ações preventivas foram intensificadas em áreas como Vila Carol, Vila Angélica, Jardim Brasilândia, Jardim Santa Rosália, Jardim Guadalajara, Jardim Europa, entre outros.

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