ADV - Crianças com paralisia cerebral são assistidas

Notícia publicada na edição de 07/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C

50 crianças são acompanhadas por profissionais da saúde,

entre psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas

 e terapeutas ocupacionais

Foto: Bruno Cecim

Há 15 anos, a Associação de Deficientes de Votorantim (ADV) cuida de crianças, de seis meses a 12 anos, acometidas de algum tipo de paralisia cerebral. Alguns adultos também já passaram pela ADV que, atualmente, assiste a cinco. São cerca de 50 crianças acompanhadas por um corpo multidisciplinar de profissionais da saúde, entre psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Dentre os assistidos, há 12 crianças com síndrome de Down.

Com a parceria de comerciantes e de universitários, hoje a ADV é administrada como uma empresa, salienta o coordenador administrativo Jefferson Martinez. Comenta que anos atrás a entidade passou por dificuldades financeiras, porém, aprendeu a sobreviver. A Nota Fiscal Paulista - programa do governo do estado para reduzir a sonegação fiscal - tornou-se uma das principais fontes de renda da entidade. Recentemente, conseguiram comprar duas órteses para duas crianças, já que obtiveram o retorno de R$ 3 mil. Segundo Martinez, foram cadastrados no nome da entidade R$ 100 mil de notas fiscais no mês passado. Para muitos, a nota fiscal é papel, mas para nós é crédito, ressalta.

Ele solicita a comerciantes interessados em ajudar a entidade a procurar por eles, a fim de fecharem parceria para a arrecadação da nota fiscal no estabelecimento. A ADV deixa uma urna de acrílico identificada com o nome da entidade e nela os consumidores podem depositar as notas fiscais. Mas para que a instituição possa aproveitar o crédito, a nota fiscal deve ser depositada sem a anotação do CPF ou CNPJ do consumidor, pois a entidade recolhe as notas fiscais e cadastra-as no programa do governo estadual. Não há custo para o comerciante nem para o consumidor, reforça.

 

A ADV passa por um processo de reforma e ampliação do espaço, com a construção de uma sala multiuso para cursos, palestras e apoio pedagógico e uma brinquedoteca com jogos educativos e pedagógicos. Os recursos para a reforma e ampliação pelas quais a ADV vem passando devem-se às parcerias da entidade com outras instituições. Apesar de atender exclusivamente Votorantim, a ADV já atendeu, também, crianças de Sorocaba, Tapiraí e Piedade.

 

Os profissionais que atuam junto às crianças são todos funcionários da ADV, pois o comprometimento deles, segundo Martinez, é maior do que se fossem voluntários. Não que o voluntariado não seja importante, ele é, mas tem o seu lugar certo, como doações, por exemplo. Há quatro meses, depois de muita luta, a ADV conseguiu subsídio da Prefeitura de Votorantim. As despesas chegam a R$ 8 mil por mês. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30. Além da assistência aos pacientes, Martinez diz que os pais e as escolas recebem orientação sobre a situação dos filhos e alunos.

 

Outra forma de obtenção de renda é a participação, há sete anos, da tradicional festa junina votorantinense. Martinez afirma que a entidade busca parcerias, dando, em contrapartida, às empresas, a divulgação da marca no site da ADV. O coordenador administrativo, que também é cadeirante desde 1985, quando sofreu um acidente automobilístico, que o deixou paraplégico, pede a ajuda de algum deputado estadual para conseguir verba para a construção de um elevador na entidade, a fim de facilitar o acesso dele e dos pacientes para o andar de cima, que está sendo construído. Além de coordenador da ADV, Martinez é vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente; do Conselho Municipal de Assistência Social e do Conselho Municipal da Pessoa Com Deficiência, todos de Votorantim.

 

SERVIÇO - Associação de Deficientes de Votorantim (ADV)

Avenida José Miguel Skif, 109, Barra Funda, Votorantim

(15) 3343-1233
http://www.vivalegal.com.br/