SOBRE DUAS RODAS - Motociclistas iniciam aventura até o Atacama

Notícia publicada na edição de 30/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A

Antônio, Adilson e Gerson fazem parte do Viva Zapata

Foto: Arquivo Pessoal

Inspirados pelo espírito de aventura, cinco motociclistas de Sorocaba e Votorantim seguem na manhã de hoje para o deserto de Atacama, no norte do Chile, em uma viagem de 17 dias e percurso de 7.395 quilômetros. O grupo é formado pelos corretores de imóveis Adilson e Hudson Machado, Antônio Carlos da Silva (funcionário público municipal), Gerson Machado (professor e mecânico de motos) e Alysson Ide R. Silva (funcionário público federal). Eles viajam com motos KTM 990, Yamaha Fazer 250, Falcon 400 e dois modelos Yamaha XT 660.

Os motociclistas fazem parte do Motoclube Viva Zapata! e o plano é explorar em duas rodas ambientes inóspitos do deserto mais alto e mais árido do mundo, além de regiões de até 5 mil metros de altitude, passando inclusive por Copiapó, onde no começo do mês foram resgatados 33 trabalhadores soterrados em uma mina de cobre, drama que chamou a atenção do mundo durante 70 dias.

 

O roteiro de viagem começa em Votorantim e segue no primeiro dia até Cascavel (PR), em um trajeto de 815 km. No segundo dia, os motociclistas chegarão a Ituzaingó, na Argentina e a previsão é alcançar a cidade de Salta, onde o grupo vai conhecer o Trem das Nuvens em um passeio de 434 km. A viagem será retomada até San Salvador de Jujuy e, em seguida, eles vão atravessar a fronteira do Chile em Paso de Jama, com destino a San Pedro de Atacama, onde ficarão por dois dias para explorar a região.

 

O grupo ainda conhecerá o lado do Pacífico em Taltal, cruzará o Dakar argentino até o Paso de São Francisco, passando pela Ruta de los 6 miles, trecho ladeado por vulcões, inclusive o famoso ‘Ojos del Salado, considerado o maior do mundo, com 6.893 metros de altitude.

Os aventureiros já fizeram várias viagens em grupos diferentes para regiões geladas da Patagônia e sul do Chile e agora o desafio é a aridez do norte argentino e chileno, em mais uma viagem para o currículo nada convencional desse motoclube.