Preferência do público foi pelos crisântemos

Regina Helena Santos

Notícia publicada na edição de 03/11/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno

 

Nos túmulos luxuosos, nos mais simples, nos de concreto ou sobre a grama. Os cemitérios locais estamparam uma cena em comum: um mar de crisântemos, das mais variadas cores. Vendi 750 vasos em quatro dias, comentou Augusto de Salvo, que tem um comércio de produtos de limpeza na rua Epitácio Pessoa, ao lado do cemitério Pax, mas nesta época do ano, há 30 anos, investe nas flores para ganhar dinheiro extra. O lucro não é grande, porque o custo dos vasos aumentou muito. Mas fazemos há tanto tempo, não dá mais para parar, disse, ao lado dos poucos exemplares que ainda restavam, por volta das 10h30, vendidos por R$ 5 e R$ 7.

Apesar do crisântemo ser a flor oficial da data, tem gente que prefere inovar. Rosas e girassóis eram vistos em sepulturas. Assim como vasos de flores artificiais. Na porta do cemitério da Consolação, na Vila Haro, Isabel Cristina Sanches Anselmo vendia exemplares de vários modelos e cores por R$ 5 - ou dois por R$ 8. Preparamos quatro mil vasos para vender em barracas em quatro cemitérios. Nossa vantagem é que o que sobrar podemos guardar para o ano que vem, falou. O pessoal acaba comprando porque dura mais, comentou. Esse foi o caso de Ildefonso Martins, 67 anos, que pela primeira vez optou pelas flores por elas para enfeitar o túmulo dos pais, com dois pacotes de velas nas mãos, que comprou antecipadamente num hipermercado, para pagar mais barato.

A preocupação das equipes de combate à dengue era evitar que objetos colocados nas sepulturas virem criadouros do mosquito Aedes aegypti. Em Votorantim, funcionários da Zoonoses abordaram os visitantes do cemitério São João Batista, para que retirassem as embalagens plásticas dos vasos de flores. Já retiramos mais de dez sacos de lixo cheios deste tipo de material, contou Tânia Matoso, da Zoonoses.